sexta-feira, 20 de abril de 2012

HORA DE GARIMPAR


Passados os quatro primeiros meses de 2012, os times de maior investimento do nosso futebol têm a oportunidade de encorpar um pouco mais os seus elencos. Os Estaduais por todos os cantos do Brasil caminham para seus momentos derradeiros e é chegada a hora de garimpar talentos pelos “clubes pequenos”.



Exemplos não faltam na rica história do nosso futebol para confirmar o quão importante é ficar de olho em quem se destaca nos Estaduais. Na década de 40, o Vasco foi ao Madureira buscar Isaías, Lelé e Jair, o famoso trio conhecido como “Os Três Patetas”. Contudo, não necessitamos voltar tanto no tempo para encontrar casos onde os “grandes” buscaram pé-de-obra qualificado nos “pequenos”. Se não, vejamos: os cabeludos Cortez, melhor lateral-esquerdo do último Brasileirão, pelo Botafogo, e atualmente no São Paulo, e William Barbio, impetuoso atacante vascaíno, só estão onde estão devido às belas apresentações com a camisa do Nova Iguaçu no Cariocão 2011.



Digito esta postagem já sabedor das notícias de que o Flamengo acertou com o lateral-direito Wellington, de bom Carioca pelo Resende, e que o Vasco caminha para fechar com o atacante Pipico, este um “reincidente” em realizar bons campeonatos, já que repetiu neste ano, com o uniforme do Macaé, o mesmo futebol de 2011, quando atuava pelo Bangu.



Apesar destas movimentações rubro-negra e cruz-maltina, os clubes brasileiros estão longe de serem experts na arte de buscar talentos. A essa altura, as mesas dos dirigentes de clubes que se preparam para as Séries A e B deveriam estar repletas de relatórios dos seus respectivos olheiros. Olheiros estes conhecedores das necessidades e condições financeiras dos seus clubes e que, pelo Brasil afora, buscariam nomes que melhor encaixassem nestes. Porém, infelizmente, os dirigentes brasileiros preferem, por comodidade e outros motivos mais obscuros, receber dvds montados por empresários do que organizar uma equipe de olheiros.

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