Fluminense 0 x 2 Boca Juniors (ARG) – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Boca Juniors aproveita apresentação desértica do Fluminense, se vinga da derrota sofrida no La Bombonera e garante passagem para a fase de mata-mata.
Na busca por ser o melhor classificado da fase de grupos da Libertadores, o Fluminense foi para o jogo organizado pelo Abel Braga no 4-3-1-2 com: Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Deco, Edinho e Diguinho; Thiago Neves; Wellington Nem e Fred. Sem seu jogador-símbolo, Riquelme, o Boca Juniors, que entrou em campo sem a classificação garantida, foi esquematizado pelo Júlio César Falcioni no 4-3-1-2 com: Orion; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Ledesma, Erbes e Erviti; Chávez; Cvitanich e Santiago Silva.
O Fluminense fez um primeiro tempo de conta-gotas. Carlinhos foi duas vezes à linha de fundo, coisa que o Bruno nem conseguiu fazer, Thiago Neves só um anêmico chute longo e Deco um único bom passe, que o Fred não aproveitou. Fred também não aproveitaria uma grande jogada do Wellington Nem, já nos acréscimos da etapa, naquele que seria o melhor lance tricolor. Vamos e venhamos, amigos, é muito pouco para quem briga para ser o melhor classificado geral da fase de grupos. Já o Boca, soube fazer o seu jogo. Não se assanhou nem atacou em profusão, mas conseguiu dificultar a vida do Flu, ora com uma marcação pressão, ora com seus homens mais recuados. E, para a tristeza dos tricolores, ainda foi às redes na única clara oportunidade de gol que criou, através dos pés do Cvitanich que, aos 35 minutos, aproveitou bobeada dupla de Leandro Euzébio e Diguinho.
Posse de bola no campo ofensivo sem um pingo de criatividade. Assim foram os primeiros 15 minutos tricolores da 2ª etapa. E para piorar ainda mais a situação do Flu, Fred, por motivo de contusão, teve de dar lugar a Rafael Moura. Aos 21 minutos, Deco deu um daqueles passes genias que Thiago Neves não pegou em cheio na hora de finalizar. Este foi, contudo, um lance isolado, pois o Flu logo voltou a não se entender bem com a redonda. Foi então que o Boca, que parecia não querer mais flertar com o ataque, voltou a sacudir o barbante em trama de dois jogadores que haviam acabado de entrar: aos 29 minutos, Mouche colocou a pelota na cabeça de Sánchez Miño, que não teve muito trabalho para completar. A prova de que o dia, ou melhor, a noite não era tricolor viria aos 41, quando Rafael Moura chutou nas mãos de Orion o pênalti que Weliington Nem sofrera após mais um bom passe do Deco, que, se não esteve brilhante, pelo menos tentou criar jogadas ofensivas.
Por competência do Fluminense, que conseguiu garantir sua vaga na próxima fase em apenas quatro rodadas, esta derrota diante do Boca não deixará sequelas. Mas é bom que Abel Braga e os jogadores não a esqueçam. Ela deve ficar guardadinha na memória de cada um deles, para, assim, não ser mais repetida.
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