domingo, 8 de dezembro de 2013

CAMPEONATO BRASILEIRO 2013 - 38ª RODADA - FLUMINENSE E VASCO SÃO REBAIXADOS










RESULTADOS
Flamengo 1 x 1 Cruzeiro
Náutico 1 x 0 Corinthians
Botafogo 3 x 0 Criciúma
São Paulo 0 x 1 Coritiba
Bahia 1 x 2 Fluminense
Internacional 0 x 0 Ponte Preta
Goiás 0 x 3 Santos
Atlético Paranaense 5 x 1 Vasco
Atlético Mineiro 2 x 2 Vitória
Portuguesa 0 x 0 Grêmio

ARTILHARIA
21 Gols – Éderson (Atlético Paranaense)
16 Gols – Dinei (Vitória) e Hernane (Flamengo)
15 Gols – Cícero (Santos) e Fernandão (Bahia)

Vasco e Fluminense são rebaixados!

Oito de dezembro de dois mil e treze ficará para história como um dos piores dias já vividos pelo futebol carioca. Mas a tristeza que neste dia brotou em corações tricolores e cruz-maltinos vem sendo plantada faz tempo. Fluminense e Vasco caem para a Segunda Divisão pela enorme incompetência de diretores, comissões técnicas e jogadores demonstram a um longo tempo.

Tanto a mais bela das campanhas como a mais medíocre pode ser analisada e explicada pelas quatro estruturas do futebol: física, tática, técnica e psicológica, todas com igual peso. No caso das horripilantes campanhas de Fluminense e Vasco, podemos encontrar na precariedade destas quatro estruturas a explicação para as quedas.

Tecnicamente, o time vascaíno já era apontado como um dos mais frágeis desde antes do torneio começar. Na verdade, desde o desmonte do time de 2011, Campeão da Copa do Brasil e Vice do Brasileiro, são raros os nomes de destacada qualidade técnica que vestiram a camisa cruz-maltina. Já no Fluminense, Campeão Brasileiro há um ano, o péssimo planejamento da diretoria acreditou que poderia perder jogadores do nível de Thiago Neves e Wellington Nem – além da previsível aposentadoria de Deco – sem a necessidade de reposição. Um erro inaceitável.

Quando o assunto é tático, podemos contar nos dedos as partidas em que Vasco e Flu mostraram elogiável organização. No Vasco, as invenções de Dorival Júnior – tentou fazer de Pedro Ken um primeiro volante à la Pirlo e de Dakson, Jhon Cley e até Montoya um “falso nove” – ilustram a sempre presente bagunça tática. Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, não soube lidar com os problemas de elenco do Fluminense, exagerou nas improvisações em todos os setores e em nenhum momento deu padrão ao time.

Em um campeonato onde praticamente todos reclamaram da rotina de jogos, cruz-maltinos e tricolores sentiram mais problemas que os concorrentes. Além de não demonstrarem condições para uma imposição física nas partidas da reta final – como o Flamengo conseguiu na Copa do Brasil, por exemplo – tanto o Vasco quanto o Flu sofreram pelas contusões que atingiram muitos dos seus titulares, com destaque, claro, para os líderes Juninho Pernambucano e Fred. Em elencos frágeis, estas ausências por problemas físicos foram mais sentidas do que deveriam ser.

Na reta final, bem no final mesmo, Vasco e Flu tentaram se escorar no apoio dos torcedores na busca por força psicológica, e é justo dizer que o Maracanã lotado rendeu alguns bons frutos na inglória luta contra o rebaixamento. Porém – além do ambiente político sempre instável, que acaba respingando nas quatro linhas –, um passeio pelas 38 rodadas do Brasileiro nos fará ver que ambos os times não foram, nem de longe, times confiantes. Dois exemplos claros são os do tricolor Diego Cavalieri, que terminou 2012 como o melhor goleiro do país, e do zagueiro vascaíno Cris.

Diante de tamanha precariedade nas estruturas física, tática, técnica e psicológica, seria surpreendente se Vasco e Fluminense terminassem o ano com grandes campanhas. O rebaixamento já vinha se desenhando há  meses, e o dia oito de dezembro de dois mil e treze somente deu o golpe de misericórdia.

CURTINHA PELO BRASILEIRÃO!


Em princípio, nada pode parecer pior do que as cenas de barbárie proporcionadas pelas gangues atleticanas e vascaínas em Joinville. Mas existe algo ainda pior, amigos. Pior é saber que mesmo com todas as imagens que as dezenas de câmeras podem disponibilizar para identificar os infelizes, mesmo com toda a tecnologia que poderia ser utilizada para proibir a entrada destas gangues nos estádios, mesmo com todo o conhecimento que outros países possuem e podem compartilhar sobre como lidar com este cenário, mesmo com incontáveis medidas de monitoramento fáceis de serem tomadas para evitar novas situações do tipo... Mesmo com tudo isso, nada vai acontecer. Resta a triste certeza de que novas batalhas virão.

Um comentário:

  1. Olá, Diano!
    Fluminense e Vasco, mais uma vez foram vitimados desses cartolas “imprestáveis”,que se não roubam mais dos clubes como antes, conseguem, através do desmazelo, deixá-los em situações bem parecidas. www.assuntodofutebol.com.br

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