quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

MUNDIAL DE CLUBES 2013 - NÃO PODIA TER JOGADO ESSA BOLINHA...


Para os jogadores brasileiros, ser Campeão Mundial de Clubes só é menos importante do que ser Campeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Para os torcedores, a glória clubística é ainda maior que a canarinho. Daí ser compreensível o desconforto que o Atlético Mineiro apresentou diante do Raja Casablanca, um desconforto que ainda foi potencializado pelo fato de ser a estreia no torneio e de o clube não disputar uma partida a sério desde a final da Libertadores, em julho. Tal desconforto, porém, não ameniza as críticas que o Atlético merece por ter jogado um futebol tão medíocre na derrota para o Raja Casablanca por 3 a 1.

Em 90 minutos mais acréscimos, o Galo apresentou apenas cinco minutos de Ronaldinho – autor de um belíssimo gol de falta, seguido por uma jogada tão linda quanto inofensiva, no meio-campo – e duas oportunidades que o Jô não foi capaz de empurrar para o fundo das redes. Fora isso, a atuação ofensiva do Atlético foi de uma pobreza franciscana.

Não apostou nem nos lançamentos nem na bola de pé em pé, não marcou pressão nem contra-atacou, não foi dominante pelos flancos nem pela meiúca, não driblou, não tabelou, não arrematou... Sequer testou as luvas do goleiro Askri, herói da vitória diante do Monterrey. O deserto ofensivo foi tão grande que nem mesmo alçar bolas na área para Jô, Réver e Leonardo Silva o Atlético conseguiu.

Para piorar, soma-se à tamanha fraqueza ofensiva uma postura defensiva que não passou segurança em momento algum. Os meias abertos Moutaouali e Hafidi e, principalmente, o atacante Iajour, fizeram o diabo na retaguarda alvinegra com muita velocidade e bola no chão. Assustador como, mesmo com um excesso de conservadorismo e sem se lançar ao ataque na busca por exercer uma pressão, o Atlético deixou buracos atrás.

É claro, lógico e evidente que perder faz parte do jogo, assim como também foi cristalina a superioridade do Raja Casablanca, que merece todos os aplausos pelo que já conquistou até o momento no Mundial. No entanto, após quase cinco meses de preparação, o Atlético Mineiro tinha a obrigação de apresentar um futebol de melhor nível técnico e tático no Marrocos. Podia até perder, mas não com essa bolinha tão pequenininha...


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