terça-feira, 10 de dezembro de 2013

PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2013















FUTEBOLA DE OURO – Éverton Ribeiro (Cruzeiro)
FUTEBOLA DE PRATA – Walter (Goiás)
FUTEBOLA DE BRONZE –            Fábio (Cruzeiro)

Goleiro – Fábio (Cruzeiro)

Se Fábio é um dos melhores goleiros do Brasil há anos, em 2013 ele foi o melhor goleiro do Brasil. Suas defesas espetaculares e decisivas, além do raro espírito de liderança, enchem a retaguarda cruzeirense de tranquilidade, e fazem todos os defensores azuis evoluírem. Mesmo sem uma história sólida na Seleção Brasileira (caso também de nomes brilhantes como Manga, Raul Plasmann e Rogério Ceni), Fábio caminha firme e forte para se tornar um dos grandes arqueiros que o nosso futebol já teve. No Brasileirão de 2013, deu um passo enorme neste sentido.

Lateral-Direito – Edílson (Botafogo)

Com o Atlético Mineiro abandonando o Brasileirão, Marcos Rocha, favoritíssimo ao prêmio de melhor lateral-direito do campeonato, deixou a vaga em aberto. E nesta que é a posição mais carente do futebol brasileiro na atualidade, quem acaba o campeonato como maior destaque é o botafoguense Edílson. Com força ofensiva, boas assistências e potência nos chutes, Edílson conquistou seu espaço na equipe alvinegra com o campeonato em andamento e termina o ano com o prêmio de melhor do torneio em sua posição.

Zagueiro Central – Gil (Corinthians)

A campanha corintiana no Brasileiro merece muito mais puxões de orelha do que elogios. E pode-se dizer que estes poucos elogios seriam todos voltados para a parte defensiva da equipe, que sofreu apenas 22 gols em 38 jogos (a segunda melhor marca da história dos pontos corridos, atrás apenas do São Paulo de 2007, que foi vazado 19 vezes). Dos 38 jogos, o zagueiro Gil esteve presente em 36, e sempre com muita seriedade, velocidade e combate foi o nome de maior destaque da retaguarda alvinegra. Desde que voltou da França, Gil vai conquistando, pouco a pouco, seu lugar entre os melhores zagueiros do nosso futebol.  

Quarto-Zagueiro – Dória (Botafogo)

O Campeonato Brasileiro de 2013 marcou a transição de promessa para realidade do zagueiro Dória. É claro, lógico e evidente que o jovem botafoguense, de 19 anos recém-completados, ainda tem muito para evoluir, mas já é um diamante mais lapidado do que bruto. Sabe se antecipar, é veloz e seguro nas bolas altas. Ganharia muito se estivesse presente no elenco da Seleção Brasileira que vai disputar a Copa do Mundo, mas agora não há tempo. Mesmo assim, tem tudo para mostrar ainda mais do seu potencial em 2014.

Lateral-Esquerdo – Egídio (Cruzeiro)

No futebol, os números estão longe de serem os donos da verdade. Tampouco, porém, podem ser ignorados. No caso do lateral-esquerdo cruzeirense Egídio, que sem dúvidas viveu o melhor ano de sua carreira em 2013, os números ilustram bem o seu desempenho. Presente em praticamente toda a histórica campanha azul (atuou em 35 jogos), Egídio foi o sexto jogador com mais passes certos, o terceiro com mais cruzamentos certos e o sétimo com mais desarmes no campeonato.

Volante – Nílton (Cruzeiro)

A NBA, liga norte-americana de basquete, premia, a cada temporada, o jogador que demonstrou maior evolução em relação à anterior. No Campeonato Brasileiro, o volante Nílton seria um dos favoritos para conquistar este prêmio. Nílton sempre foi um jogador aguerrido, com boas qualidades defensivas e um canhão no pé direito. Neste Brasileirão, pelo Cruzeiro, entretanto, o volante não só se tornou mais seguro defensivamente como virou um verdadeiro terror nas bolas alçadas nas áreas adversárias, tendo marcado seis dos seus sete gols desta maneira.

Volante – Lucas Silva (Cruzeiro)

No arrumado time cruzeirense, os jogadores que vieram das divisões de base tiveram um ambiente perfeito para dar os primeiros passos em suas carreiras. O lateral-direito Mayke e o centroavante Vinícius Araújo, sempre que foram acionados, mantiveram o alto nível da equipe. Mas se estes não passaram de ótimas opções, o volante Lucas Silva fez diferente: entrou no time e com um futebol de precisos passes – longos ou curtos –, bom posicionamento e chutes potentes tomou conta da posição. É um dos jogadores que mais prometem para o ano de 2014.

Meia-Direita – Éverton Ribeiro (Cruzeiro) – FUTEBOLA DE OURO DO BRASILEIRÃO 2013

Nada como um jogador capaz de imprevisibilidades em um time arrumado. Sem dúvidas um dos maiores méritos do incontestável Campeão foi ter um time encaixado, onde todos sabiam exatamente o que fazer em campo e, melhor ainda, o que os seus companheiros iriam fazer. Porém, o Cruzeiro não teria sido tão avassalador ofensivamente quanto foi sem Éverton Ribeiro e seu ímpeto, sua audácia, seu improviso, sua facilidade para destruir as retaguardas adversárias, suas assistências açucaradas (foi o líder do Brasileirão com 11 passes para gol) e seus gols, golões, golaços. Um colírio para os apaixonados pelo futebol arte.

Meia de Ligação – Ricardo Goulart (Cruzeiro)

Para estar no Prêmio FUTEBOLA Brasileirão 2013, Ricardo Goulart precisou superar adversários poderosos, como os veteranos Alex, Paulo Baier e Seedorf, que, sempre que o físico permitiu, esbanjaram categoria pelos gramados. E mais: superou também Éderson e Marcelo, atacantes fundamentais na gigante campanha do Atlético Paranaense, o que iria fazer Seleção do FUTEBOLA mudar seu esquema tático para o 4-4-2. Porém, como um todo, Ricardo Goulart merece a vaga. Merece por o Cruzeiro ter vencido todos os oito jogos em que ele fez gol (marcou 10 no total). Merece pelas apresentações de alto nível rodada sim e outra também. Merece por ter sido essencial para o incrível ataque cruzeirense ter funcionado com tamanha intensidade.

Meia-Esquerda – Willian (Cruzeiro)

No Brasileiro de 2011, principalmente no primeiro turno, Willian bateu um bolão pelo futuro Campeão Corinthians. Pelo lado dos campos, se mostrou um jogador de força ofensiva e dedicação tática e foi peça chave no time de Tite. Depois de uma passagem pela Ucrânia, Willian chegou ao Cruzeiro para mostrar que não havia desaprendido uma vírgula de seu futebol. Pela esquerda do tripé de meias, mas sempre com muita movimentação, Willian fez gols (seis), deu assistências (nove), embaralhou defesas adversárias e ainda arrumou tempo e fôlego para cumprir suas funções táticas de reposição defensiva.

Centroavante – Walter (Goiás)

O que o Walter jogou neste Brasileirão – principalmente após as “férias” da Copa das Confederações – não está no gibi. Com seu porte físico rústico e um futebol refinado, o atacante goiano foi uma das maiores atrações do campeonato. Deu gosto vê-lo atuar. Mostrou potência e categoria para marcar gols, inteligência para dar assistências, habilidade incomum no domínio da redonda e personalidade para liderar o Goiás em uma campanha digna de aplausos. Pelo seu jeitão e porte físico, ganhou o carimbo de folclórico. Pelo futebol muito bem jogado, mostrou que é bem mais que isso.

Técnico – Marcelo Oliveira (Cruzeiro)


Não tem como não se impressionar com a velocidade com a qual Marcelo Oliveira conseguiu transformar quase 20 contratações em um Cruzeiro primoroso taticamente. Num piscar de olhos, Marcelo conseguiu montar a espinha dorsal de sua equipe, encontrou a posição ideal para tirar o máximo de cada jogador e descobriu o momento e o lugar certo para utilizar os seus reservas. Sempre que a Máquina Azul começava a funcionar a todo vapor ficava difícil acreditar que Marcelo Oliveira estava no comando do clube há menos de um ano. 

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