terça-feira, 17 de dezembro de 2013

MUNDIAL DE CLUBES 2013 - PRESSÃO!


A inimizade entre futebol e lógica e a ainda recente façanha do Mazembe não nos permitem colocar o Atlético Mineiro na decisão do Mundial de Clubes antes do apito final do duelo contra o Raja Casablanca. Vamos papear, então, sobre o melhor caminho para que este apito final não traga nenhuma surpresa desagradável ao Galo Mineiro.

Sem mistérios e indo direto ao ponto, adotar uma marcação por pressão intensa tornaria a vida dos atleticanos bem mais fácil diante dos anfitriões do Mundial. Todos os pontos fortes que o Raja Casablanca apresentou nas duas vitórias conquistadas neste Mundial – contra os neozelandeses do Auckland City e os mexicanos do Monterrey, ambas por 2 a 1 – virariam cinzas diante de uma marcação adiantada por parte dos mineiros. Se não, vejamos.

O Raja Casablanca possui apreço pela posse de bola. Tanto nas saídas de jogo quanto na criação das tramas de ataque, a aposta é na troca de passes. O capitão Moutouali, que joga aberto pela direita no esquema 4-4-1-1, e Chtibi, o ponta-de-lança, são os marroquinos com maior qualidade técnica da equipe.

Uma marcação pressão atleticana dificultaria que a bola chegasse a estes dois e, o que é ainda melhor, a deixaria mais tempo com os jogadores defensivos, de enorme limitação técnica – que nos diga a trombada à la Trapalhões dos zagueiros Benlemaalem e Oulhaj, que resultou no gol do Auckland City, e os enormes espaços que o Monterrey encontrou e não soube aproveitar.

O grande benefício que uma marcação por pressão traria ao Atlético, entretanto, seria esfriar o ímpeto da torcida local. No embate contra o Monterrey, os marroquinos lutaram com unhas e dentes por cada bola e demonstram uma entrega que dificilmente seria possível sem a energia emanada pelas arquibancadas. Sufocar o Raja Casablanca desde o primeiro giro do relógio será essencial para não deixá-lo ganhar confiança.


Com Marcos Rocha, Fernandinho, Diego Tardelli, Ronaldinho e Jô, é inegável que o Galo tem uma baita força ofensiva. Porém, o caminho para uma classificação tranquila à decisão do Mundial passa, também, pelo que estes serão capazes de fazer sem a redonda em seus pés.

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