Brasil 0 x 2 México – Cowboys Stadium, Dallas (EUA)
Brasil não repete os bons momentos ofensivos dos últimos
amistosos, cai diante do México e vê sequência de oito vitórias virar fumaça.
Com o mesmo onze inicial da goleada sobre os Estados Unidos
na última quarta-feira, o Brasil entrou em campo escalado pelo Mano Menezes no
4-2-3-1 com: Rafael; Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro e Rômulo;
Hulk, Oscar e Neymar; Leandro Damião. Pelo lado do México, tradicional
adversário brasileiro, inclusive com três duelos válidos pela Copa do Mundo, José Manuel de la Torre organizou seu time no 4-4-1-1 com: Corona; Meza,
Rodríguez, Moreno e Torres; Barrera, Salcido, Zavala e Guardado; Giovani dos
Santos; Chicharito Hernández.
Sem a marcação pressão característica das últimas duas
vitórias e com enormes dificuldades para
encontrar espaço no sólido sistema defensivo mexicano, o Brasil,
definitivamente, não fez um bom 1º tempo. Além de não ter conseguido
transformar a maior posse de bola em boas oportunidades de gols – o goleiro
Corona só realizou defesas após o minutos 40, em chutes do Oscar e do Juan – a
Seleção ainda apresentou falhas defensivas que resultaram nos gols da “La Verde”.
Primeiro, Danilo deu campo para Giovani dos Santos cruzar e, sem querer, colocar
a criança no berço. Depois, Rômulo e Juan bobearam feio no lance que resultou
no pênalti sofrido pelo mesmo Giovani e convertido pelo Chicharito. E ainda
vale ressaltar que, se tivesse um melhor iniciador de contra-golpes, o México
poderia ter alcançado uma vantagem ainda maior antes do intervalo, pois
espaço para tal havia.
O tempo novo não trouxe vida nova para o Brasil, que viu o México, além de manter a marcação em dia, mostrar mais gosto pela bola. Neste
panorama, Zavala e De Nigris quase melhoraram a situação dos “Aztecas”. As entradas
de Lucas e Pato nos lugares de Sandro e Leandro Damião, mais sumido que
dinheiro no bolso em fim de mês, serviriam para tirar a pelota dos pés
mexicanos, mas não para tornar o ataque brasileiro mais qualificado. Assim, em
sua última meia hora, o confronto voltou a ter um México perigoso nos
contra-ataques – Chicarito e Andrade por pouco não deixaram o triunfo verde
mais sonoro – e continuou com um Brasil desértico em criatividade. Tudo que os comandados do Mano conseguiram na infrutífera busca foram outra tentativa do zagueiro
Juan e uma finalização horrorosa do Pato, nas barbas do goleiro Corona.
As jornadas pouco inspiradas de Neymar, marcado tão de perto
quanto nos duelos entre Santos e Vélez Sarsfield pela Libertadores, e Oscar,
desde o início muito recuado para tentar adocicar a saída de bola
verde-amarela, também merecem créditos pelo zero redondinho que se encontrava
no placar, ao lado do nome Brasil, após o apito final. Mas o que deixa o
torcedor brasileiro com incontáveis pulgas atrás das orelhas foi a saída de
Thiago Silva por contusão. O sonho olímpico pede, de joelhos, que não seja nada.
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