Antes de tudo, vamos chutar um chavão para escanteio. A EURO
não é a Copa do Mundo sem Brasil e Argentina. Amigos, como ignorar a força histórica
do Bicampeão Uruguai? Com exceção de Alemanha, Itália e França, nenhum europeu terminou
o Mundial tantas vezes (5) entre as quatro primeiras posições quanto os celestes. E em um passeio
pelo futebol jogado atualmente no planeta, existem Seleções – Chile, México, Austrália, Costa do
Marfim e Japão são alguns exemplos – que são tão ou mais poderosas que algumas
do “Velho Continente”.
Dito isto, vamos ao assunto da vez. Que mescla de futebol de alto nível com competitividade feroz apresenta esta EURO! Findada a 2ª rodada,
ninguém ainda carimbou o passaporte para a fase quartas de final. Nem mesmo a
Alemanha – como joga bola o tal do Schweinsteiger –, que ignorou o fato de
estar no chamado “Grupo da Morte” e já venceu Portugal e Holanda. Holanda que,
por sinal, mesmo com um futebol mais murcho que laranja chupada, com duas
derrotas, ainda tem chances de se classificar – dos 16 participantes, somente a
Suécia do Ibrahimovice a Irlanda dos torcedores mais tocantes e arrepiantes do
torneio já estão de malas prontas.
Os outros líderes de grupo, Rússia, Espanha e França, assim
como a Alemanha, também vão precisar suar bastante a camisa na última rodada
para seguir adiante. Vejam só a situação dos russos pelo grupo A: jogaram uma
barbaridade na chinelada sobre a República Tcheca, não mostraram nenhuma sede
pela vitória no empate diante da Polônia, e, agora, podem ser eliminados da
competição com uma simples derrota para a Grécia e se não ocorrer um vencedor
no duelo entre poloneses e tchecos.
Um salto do grupo A para o C e calculadora em mãos. A atual
Campeã Mundial e Europeia, a Espanha, que bateu um bola redondinha contra a
Itália, uma redondaça contra a Irlanda e conta com um impossível Iniesta, pode
perder a chance de defender o título caso seja derrotada para a surpreendente Croácia,
dona de quatro pontos e de um dos artilheiros (Mandzukic). Já os italianos podem até aplicar uma goleada monumental, colossal, estratosférica na Irlanda e,
mesmo assim, terem que voltar para casa, o que se consolidaria com um empate
entre espanhóis e croatas por dois ou mais gols. É mole?
Se no grupo B o embate entre Portugal e Holanda – reedição das
oitavas de final da Copa do Mundo de 2006 – promete emoções fortíssimas, pelo grupo
D, Ucrânia contra Inglaterra, que vem de uma sensacional virada sobre a Suécia
e terá a volta de Wayne Rooney, vai ser “Haja coração!”, como diria Galvão
Bueno, para tudo quanto é lado. Na outra peleja da chave, a França pode até
empatar com a Suécia para avançar, mas é bom não entrar com preguiça, pois os
eliminados suecos podem estar com sedentos por deixar uma marca relevante, e
eliminar os franceses seria de enorme relevância.
Com jogos tão decisivos e tensos na última rodada da fase de
grupos, não é um exagero dizer que o mata-mata começou mais cedo na EURO 2012.
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