Boca Juniors 1 x 1 Corinthians – La Bombonera, Buenos Aires
(ARG)
Romarinho sai do banco para empatar um Boca versus
Corinthians tenso e indefinido até o último trilar do apito.
Para sua sexta final de Libertadores contra um brasileiro –
perdeu para o Santos do Pelé e ganhou as outras quatro – o Boca Juniors foi
organizado pelo Julio Falcioni no já tradicional 4-3-1-2 com: Orion;
Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza e Erviti;
Riquelme; Mouche e Santiago Silva. Na busca pelo sonhado primeiro título da
mais importante competição interclubes das Américas, o Corinthians foi
esquematizado pelo Tite no 4-2-3-1 com: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro
Castán e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Jorge Henrique, Alex e Emerson; Danilo.
No pegado e até bruto 1º tempo no La Bombonera, o Corinthians
teve importantes méritos: não deixou a empolgação dos torcedores argentinos
chegar aos jogadores xeneizes, não se intimidou sequer por um segundo e soube
como tirar os espaços do camisa 10 Riquelme. O ínicio do confronto até foi
propício em oportunidades de gols, com uma cabeçada do Schiavi pelo lado do
Boca e um chutaço de fora da área do Paulinho pelo “Timão”. Porém, a tensão era
grande demais e esta acabou por dominar ambos os rivais. Assim, tumultos –
Emerson e Erviti pareciam rivais de longa data –, empurrões, reclamações com o
árbitro e faltas nada diplomáticas tomaram o lugar das tramas ofensivas. Resumo
da ópera: foram 45 minutos de muita disposição e pouca inspiração.
Nos primeiros minutos pós-intervalo, o Boca conseguiu ser
presença mais constante no ataque e em alguns momentos era possível ver os onze
corintianos em seu próprio campo. Neste panorama, Riquelme começou a encontrar
espaços e através de um arremate seu e um passe para o Mouche o placar quase
foi inaugurado. Sem dúvidas o Corinthians já tinha vivido melhor situação na
partida. O Boca, não. E o resultado veio aos 27 minutos, quando um bate-rebate
que incluiu até mão do Chicão terminou em gol do Roncaglia. Um a zero Boca. Mas
a história do duelo ainda tinha mais páginas para serem escritas. E por um
autor inimaginável há alguns dias. O relógio marcava 39 minutos quando, com uma
tranquilidade digna do seu nome sem diminutivo, o garoto Romarinho recebeu
clarividente passe do Emerson e encobriu o caído goleiro Orion para igualar
tudo.
Já nos acréscimos, uma cabeçada do Viatri explodiu no poste e
fez corintianos e boquenses saltarem de seus lugares, onde quer que estes
fossem. Porém, o apito final chegou para decretar o empate e deixar tudo em
aberto para a próxima batalha, no Pacaembu.
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