Corinthians 1
x 1 Santos – Pacaembu, São Paulo (SP)
Pacaembu botando gente pelo ladrão vê Corinthians empatar com
Santos e chegar a sua primeira decisão de Libertadores.
Para um dos jogos mais importantes de sua história – sua segunda
tentativa de chegar a uma final do mais importante torneio de clubes das Américas – o Corinthians foi organizado
pelo Tite no 4-4-2 com: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio
Santos; Jorge Henrique, Paulinho, Ralf e William; Danilo e Alex. Com a
obrigação da vitória para manter o sonho do Tetra Continental, o Santos foi
para o clássico esquematizado pelo Muricy Ramalho no 4-3-3 com: Rafael;
Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca e Ganso; Alan Kardec,
Borges e Neymar.
O relógio não precisou girar muito para o jogo ganhar sua
cara: o Santos com a posse de bola na busca pelo gol necessário e o Corinthians
todo plantado em seu campo à espera de um momento para dar o bote. O “Timão” se
mostrava tão recuado em alguns momentos que suas duas linhas de quatro quase se
misturavam. Neste panorama tático, o “Peixe” encontrava enormes dificuldades
para criar qualquer tipo de jogada ofensiva e ainda cedia alguns espaços
desejados pelo rival, como os que deram origem a uma fraca finalização do
William e a uma cobrança de falta do Alex que beijou a trave. A peleja
transcorreu neste ritmo até o brilho individual do Neymar abrir uma brecha na sólida cozinha corintiana e, após ótimo cruzamento de Alan Kardec e toque
na trave do Borges, a própria “Joia”, aos 35 minutos, aparecer para sacudir o
barbante.
Se a postura mais agressiva que o Corinthians adotou depois
do tento praiano não deu resultado na 1ª etapa, apesar de uma perigosíssima
cabeçada do Jorge Henrique, daria logo dois minutinhos após o intervalo. Alex
alçou a pelota na área e Danilo não encontrou problemas para empatar
o escore. O Santos sentiu o gol e foi dominado por uma apatia não condizente
com quem luta por uma vaga na decisão da Libertadores. E diante de um adversário
moribundo, cujo símbolo foi a atuação desértica do Ganso, o “Timão” se tornou
senhor do jogo, encaixou seu sistema de marcação de maneira quase perfeita –
Neymar esteve mais sumido no 2º tempo do que dinheiro no bolso em fim de mês – e
ainda ameaçou o goleiro Rafael por duas vezes: um gol impedido do Paulinho e um
chute longo do Alex.
Nos minutos finais, o torcedor corintiano era nervosismo puro,
porém mais por traumas passados do que pela partida em si, que chegou ao seu
final com o empate em um gol. E o Corinthians está mais perto do que nunca do sonhado caneco da Libertadores.
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