Botafogo 1 x 0 Fluminense – Estádio da Cidadania, Volta
Redonda (RJ)
Não podes perder, perder pra ninguém! Fogão vence Fluminense,
conquista a Taça Rio com 100% de aproveitamento e leva o Cariocão 2013 de
maneira incontestável.
Para sua sexta decisão de Taça Rio nos últimos sete anos, o
Botafogo, que tinha a vantagem do empate, foi organizado pelo Oswaldo de
Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Júlio Cesar;
Marcelo Mattos e Gabriel; Fellype Gabriel, Seedorf e Lodeiro; Rafael Marques. Jogando
pelo seu terceiro caneco na história da Taça Rio e para impedir o título
carioca botafoguense de forma antecipada, o Fluminense foi escalado pelo Abel
Braga no 4-3-3 com: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos;
Edinho, Jean e Wágner; Wellington Nem, Rhayner e Thiago Neves.
Que final não é lugar de brincadeira e deve ser jogada de
maneira dura ninguém contesta, porém o “Clássico Vovô” começou tão viril e
discutido que a partida sequer andava. Quando o “pega pra capar” diminuiu, o
Fluminense passou a mostrar profundidade nos avanços pela esquerda, com
Carlinhos sempre acionado, e o Botafogo a colocar seu tripé de meias para
funcionar. As chances claras de gols, contudo, não foram numerosas: Rafael Marques
teve gol anulado por um impedimento que nem o tira-teima televisivo conseguiu
confirmar, e o tricolor Rhayner obrigou Jefferson a usar de toda sua
elasticidade. No fim da etapa inicial, o Bota viveu o melhor momento de um time
até então. Encurralou o Fluminense em seu campo, abriu o placar com Rafael Marques
– que dominou e bateu no melhor estilo “matador” – e quase ampliou com Fellype
Gabriel.
O Tricolor precisava de dois gols para impedir o rival de
soltar o grito de campeão, mas foi o Fogão que voltou do intervalo cheio de
disposição e força física. Enquanto o Flu errava passes em sequência, Seedorf
encontrava toda a liberdade do mundo para levar o Alvinegro ao ataque. Em pouco
mais de 20 minutos, Bolívar, Rafael Marques, Lodeiro e o próprio Seedorf
bombardearam a meta defendida pelo Cavalieri, mas, apesar de tecnicamente
impecáveis, as tramas ofensivas alvinegras não sacudiam o barbante. A melhor
chance botafoguense para fechar o caixão tricolor veio aos 33 minutos, quando
Digão cometeu pênalti em Bolívar, mas Seedorf fez a bola bater, lentamente, no
travessão. E nem assim o Flu ganhou ânimo e pernas para tentar uma pressão na
base do bumba-meu-boi e tirar o caneco de General Severiano.
Foram 15 vitórias em 19 jogos, sendo as últimas 11 de maneira
consecutiva. Na Taça Rio, quando muitos acreditavam em relaxamento após o título
da Taça Guanabara, veio uma campanha com 100% de aproveitamento. O ataque foi o
mais positivo. A defesa, a menos vazada. O Cariocão 2013 não poderia terminar
em melhores mãos do que as botafoguenses. E para os que desejam o fim dos estaduais
em troca de uma maior pré-temporada, como as europeias, o choro do multicampeão
Seedorf é a melhor das respostas.
PARABÉNS, FOGÃO!
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