Boca Juniors 1 x 0 Corinthians – La Bombonera, Buenos Aires
(Argentina)
Boca Juniors ignora o melhor momento vivido pelo Corinthians
e larga na frente nas oitavas da Libertadores.
Com apenas uma vitória em 11 jogos no atual Torneio Final
Argentino, campanha que o coloca na 18ª posição entre 20 clubes, o Boca Juniors
foi organizado pelo Carlos Bianchi no 4-3-1-2 com: Orión; Marín, Caruzzo,
Burdisso e Clemente Rodríguez; Somoza, Erbes e Sánchez Miño; Erviti; Martínez e
Blandi. Semifinalista do Paulistão – enfrenta o São Paulo neste domingo pela
vaga na decisão estadual – o Corinthians foi para o jogo montado pelo Tite no
4-2-3-1 com: Cássio; Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e
Paulinho; Romarinho, Emerson e Danilo; Guerrero.
Seria muita inocência imaginar que encarar o Boca Juniors no
maior caldeirão do futebol mundial, chamado La Bombonera, era uma tarefa fácil
para o Corinthians. Ainda mais com Carlos Bianchi no banco argentino. Desde o apito
inicial, o Boca soube deixar de lado o momento horripilante que vive no
Campeonato Argentino e mostrar que o jogo seria uma briga de cachorros grandes.
Grandes e raivosos, pois o duelo foi pegado, disputado, discutido, com
simulações, faltas duras, dedo no rosto aqui e acolá... Tudo isso e mais um
pouco por parte de corintianos e xeneizes.
O mérito do Timão no primeiro tempo foi não deixar o Boca
crescer psicologicamente na “batalha”, se inflamar com o apoio da torcida e
exercer uma pressão ofensiva. É verdade, porém, que nos minutos finais da etapa
a normalmente sólida retaguarda alvinegra falhou feio em duas bolas aéreas e
permitiu que Burdisso e Blandi, em cruzamentos do Erviti, cabeceassem de
maneira perigosa.
A pausa para o intervalo não tirou o calor do confronto. O
Corinthians chegou perto em cabeçada do Romarinho e o Boca, depois de arriscar
três chutes longos com o Sánchez Miño, abriu o placar aos 13, quando Erbes
encontrou Blandi livre dentro da área. A partida que era viva ganhou ainda mais
emoção, principalmente porque Romarinho, que já tem história na Bombonera, começou
a chamar o jogo, obrigou Orión a difícil defesa e em ótima arrancada deu passe
para Guerrero, caprichosamente, acertar a trave.
Foi neste cenário que, de maneira incompreensível, Tite sacou
Romarinho para a entrada de Pato. O Timão caiu – e muito! – de produção, enquanto
o Boca voltou a ganhar corpo e quase chegou ao dois a zero: a arbitragem anulou
corretamente um gol do impedido Ledesma. Ledesma que seria expulso, aos 38,
permitindo ao Corinthians a chance de uma blitz final. Bolas foram cruzadas na
área argentina de qualquer maneira e o empate não veio.
A decisão da vaga para as quartas será no Pacaembu, no dia 15 de
maio. Alguém ainda acredita em jogo fácil para o Timão?
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