Leônidas da Silva, Zizinho, Nilton Santos, Didi,
Garrincha, Zico... Lendas sagradas do futebol – não só do nosso, mas de todo o
mundo – e protagonistas na história de Flamengo versus Botafogo, o
Clássico da Rivalidade, que comemora o seu centenário neste 13 de maio de 2013.
Hoje, um século depois do primeiro confronto, se tornou
impossível contar a vida do Flamengo sem falar do Botafogo, ou a do Botafogo
sem falar do Flamengo. Na verdade, não existe como falar de futebol brasileiro
sem um capítulo mais que especial para o Clássico da Rivalidade.
Capítulo que começa com o gol único de Mimi Sodré na
vitória alvinegra em 13 de maio de 1913, partida de inauguração do Estádio General
Severiano. Que passa pelo biênio 1926/1927, quando as históricas palmeiras da
Rua Paissandu viram um implacável Flamengo sapecar 8 a 1 e, logo no jogo seguinte,
o Botafogo se vingar com inapeláveis 9 a 2. Que conta o lendário “Jogo do Senta”, de
1944, onde o Fogão de Heleno de Freitas fez 5 a 2 e viu os jogadores do Flamengo sentarem
no gramado em protesto à arbitragem, enquanto os torcedores alvinegros gritavam
“Senta pra não apanhar de mais!”.
Que delicia com o espetáculo de Garrincha no título
alvinegro do Carioca 1962. Que recorda a decisão da Taça Guanabara de 1968, na
qual Gérson “Canhotinha de Ouro” liderou a goleada botafoguense por 4 a 2 sobre seu ex-clube. Que
lembra a torcida flamenguista a lançar um urubu com a bandeira rubro-negra em
campo e consagrar apelido e mascote do clube após triunfo num Maracanã com 150
mil presentes, em 1969.
Que encanta com o show do “Furacão” Jairzinho no
inesquecível 6 a
0 botafoguense em 15 de novembro de 1972, dia do aniversário flamenguista. Que
deixa viva a façanha de Renato Sá ao colocar um ponto final nos 52 jogos de
invencibilidade do Flamengo, em 1979 – ele que, pelo Grêmio, um ano antes,
fizera o gol que interrompera a sequência botafoguense nas mesmas 52 partidas
sem derrotas, recorde nacional. Que arrepia com o chutaço vingativo de Andrade,
que estufou as redes e fez Flamengo seis, Botafogo zero, em 1981.
Que acelera todos os corações envolvidos quando o pé
direito de Maurício tirou o Fogo de uma fila de 21 anos. Que faz rir e chorar
com a dancinha do centroavante flamenguista Gaúcho, autor do gol na final da
Taça Rio de 1991, que colocou fim no sonho botafoguense do Tri. Que arrepia com
o “Vovô Garoto” Júnior no comando do Fla Penta Campeão Brasileiro, em 1992, com
direito até a churrasco com presença do então botafoguense Renato Gaúcho, para
deixar os alvinegros ainda mais furiosos. Que vive o drama do zagueiro Márcio
Teodoro diante do genial Romário, no título rubro-negro da Taça Guanabara de
1995. Que escreve o triunfo dos reservas botafoguenses que eliminou o Fla de Sávio
e Romário da Taça Guanabara de 1997.
Que caminha pela hegemonia rubro-negra entre 2007 e 2009,
quando o Rubro-Negro venceu nada menos do que cinco finais contra o Bota (3
Cariocas, 1 Taça Guanabara e 1 Taça Rio). Que coloca Loco Abreu na galeria de
ídolos alvinegros, após histórica cavadinha que recuperou a estima dos
botafoguenses com a Taça Rio e o consequente Carioca de 2010.
O melhor de tudo não é passear pelos grandes momentos
desta pulsante rivalidade. É saber que, se o futuro repete o passado, Flamengo
e Botafogo ainda darão muitas histórias e emoções para todos os amantes do
futebol.
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