Corinthians 1 x 1 Boca Juniors – Pacaembu, São Paulo (SP)
Corinthians luta até o fim, mas sofre com erros de arbitragem
e genialidade de Riquelme e é eliminado da Libertadores.
Para seguir na luta para se tornar o terceiro brasileiro Bicampeão consecutivo da Libertadores, o Corinthians foi para o jogo montado pelo Tite no 4-2-3-1
com: Cássio; Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho;
Romarinho, Danilo e Emerson; Guerrero. Hexacampeão da Libertadores – uma conquista
atrás do recordista Independiente – o Boca Junior, vencedor do jogo de ida por
1 a 0, foi organizado pelo Carlos Biancchi no 4-3-1-2 com: Orión; Marín,
Caruzzo, Burdisso e Clemente Rodríguez; Somoza, Erbes e Erviti; Riquelme; Blandi
e Sanchez Miño.
Com muita inteligência, o Boca passou os primeiros minutos do
embate segurando a pelota no seu campo de ataque e impedindo o Corinthians de
se inflamar com o sempre efusivo apoio inicial da torcida mandante. Aos poucos,
porém, o Timão começou a colocar seus homens de frente no jogo, postura que fez
surgir tramas mais incisivas e, infelizmente para a história da partida, erros
de arbitragem: o juiz Carlos Amarilla não viu um tapa intencional na bola, dentro
da área, do lateral Marín, que já tinha cartão amarelo, e seu auxiliar anulou,
por impedimento, um gol legal do Romarinho. Aos 25, arquibancadas e poltronas
ainda debatiam sobre o equívoco do bandeira quando o sempre perigoso Riquelme
chutou – cruzou? – da direita e encobriu Cássio: um a zero. Que quase virou
dois em contra-ataque puxado pelo mesmo Riquelme e finalizado pelo Brandi.
O gol fora de casa era tudo que o Corinthians não poderia
levar, e, agora, três tentos eram necessários. Sem levar mais nenhum. Até o
intervalo, nervoso e com a bola queimando nos pés, o Timão não teve condições
de qualquer reação. Bem diferente do início do segundo tempo, quando mostrou
vibração, confiança, foi para cima e aos 5 minutos o placar já mostrava a
igualdade: Emerson cruzou e Paulinho, com estilo, cabeceou para o fundo das
redes. Com Pato pela esquerda, Emerson na direita e Paulinho mais avançado a
pressão prometia ser grande. No entanto, o nervosismo foi maior e logo o
Corinthians começou a alçar bolas na área de tudo quanto é lugar e maneira. Riquelme
assustou de fora da área, Paulinho quase marcou de peito, Emerson reclamou de
pênalti, Pato perdeu gol na pequena área e o placar continuou com um para cada
lado.
Se é verdade que os erros de arbitragem prejudicaram a atuação
alvinegra, também é inegável que o Corinthians foi confuso, nervoso e não
condizente com o time que, em 2012, primou pela sobriedade. E assim, o último integrante
do Trio de Ferro Paulista caiu na Libertadores.
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