Vai começar o Brasileirão, única competição nacional no mundo
que consegue mesclar futebol de bom nível com no mínimo cinco candidatos ao
título. Os que acompanham o FUTEBOLA há algum tempo já sabem que considero o Brasileiro
o melhor de todos os campeonatos nacionais, tanto pela proximidade com a
história dos nossos clubes quanto por não concordar que nos grandes centros da Europa
se jogue um futebol superior ao daqui. Não falo de organização, estrutura ou
finanças – nisto estamos absurdamente distante deles –, mas do que ocorre
dentro de campo. Com a pelota rolando, podemos contar nos dedos os times europeus
superiores a nossa tropa de elite.
Como ocorre em toda véspera de campeonato, é hora de apontar
os favoritos. Escolher um único seria possível apenas na base do chute, e, para
ficar o mínimo possível em cima do muro, apostaria meu tostão furado em Atlético
Mineiro, Corinthians ou Fluminense. No entanto, já sou sabedor de que Botafogo,
Grêmio, Internacional e São Paulo não estão para brincadeiras.
Para complicar ainda mais qualquer tentativa de previsão – exercício
que no futebol possui índice de erros superior até ao meteorológico – teremos pelo
caminho a Copa das Confederações, as possíveis classificações de Flu e Galo
para a semifinal da Libertadores, uma
janela de transferências que equilibra, ano após ano, o número de entradas e
saídas de nomes de destaque, e as fases decisivas da Copa do Brasil e da Copa
Sul-Americana.
Mas mesmo com toda a imprevisibilidade que estes fatores
proporcionam, além da já subjetividade do futebol, não existe a possibilidade
de se considerar Flamengo e Vasco como favoritos. Não tem essa de “são clubes
grandes que sempre entram para brigar por título”. Tanto o Rubro-Negro quanto o
Cruz-Maltino, por motivos diferentes, começam o torneio com elencos que não
correspondem à tradição de clubes que, juntos, possuem 10 canecos do Campeonato
Brasileiro. No Rio de Janeiro, as maiores expectativas se concentram mesmo em
General Severiano e nas Laranjeiras.
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