Olimpia 2 x 1 Fluminense – Defensores del Chaco, Assunção
(Paraguai)
Curto, grosso e direto: faltou futebol ao Fluminense diante
do Olimpia. Somados os embates em São Januário e no Defensores del Chaco, o
Tricolor passou a maior parte dos 180 minutos no campo de ataque e não foi
capaz de criar sequer uma jogada ofensiva bem trabalhada, além de falhar em
demasia no setor defensivo. Sabem aquelas jogadas bem treinadas, pela meiúca ou
pelos flancos, verdadeiros diálogos com os pés? Pois é, o Flu foi incapaz de
executá-las em três horas de confronto, e, tanto no Rio como em Assunção, a
estratégia bumba-meu-boi foi a saída encontrada para levar perigo à meta do
Olimpia.
Na Libertadores, palavras como garra, dedicação e atitude são
muito valorizadas – diria até supervalorizadas. O Fluminense honrou todas elas.
Foi guerreiro do início ao fim, como cantam seus torcedores. O problema foi que,
se fisicamente e psicologicamente o Tricolor pareceu pronto para superar o
Olimpia, taticamente e tecnicamente deixou muito a desejar. Até mesmo Diego
Cavalieri, Jean e Fred, jogadores que fazem do Flu o time mais representativo
em quantidade de jogadores na Seleção Brasileira que disputará a Copa das
Confederações, foram mais transpiração que inspiração.
Depois de empatar sem gols em São Januário – equivocadamente considerado
um bom resultado pelo fato de não ter sofrido gols em casa, mesmo que tenha controlado
as ações ofensivas durante toda a partida – o Fluminense conseguiu tudo que
mais queria no Defensores del Chaco ao praticamente ganhar um gol com o Rhayner
antes dos 10 minutos. Acertadamente não recuou por completo para segurar a
vantagem, mas faltou qualidade técnica, do goleiro Cavalieri ao ponta-esquerda
Wellington Nem, para fazer valer a vantagem de poder até empatar. E depois de
sofrer a virada, ainda na etapa inicial, a lacuna técnica também foi a
responsável por mais 45 minutos de posse de bola sem criatividade.
Em 2013, os principais nomes do Tricolor ainda não alcançaram
o nível técnico do ano passado, e, coletivamente, o time também não funciona. E
aí se encontra o motivo de mais uma eliminação tricolor na Libertadores. Não
foi falta de experiência, nem de dedicação, nem de raça. Foi falta de futebol. Talvez
os tricolores tenham amarrado as chuteiras tão fortemente com as próprias veias
que os pés ficaram sufocados.
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