quinta-feira, 30 de maio de 2013

COPA LIBERTADORES 2013 - QUARTAS DE FINAL - OLIMPIA X FLUMINENSE


Olimpia 2 x 1 Fluminense – Defensores del Chaco, Assunção (Paraguai)

Curto, grosso e direto: faltou futebol ao Fluminense diante do Olimpia. Somados os embates em São Januário e no Defensores del Chaco, o Tricolor passou a maior parte dos 180 minutos no campo de ataque e não foi capaz de criar sequer uma jogada ofensiva bem trabalhada, além de falhar em demasia no setor defensivo. Sabem aquelas jogadas bem treinadas, pela meiúca ou pelos flancos, verdadeiros diálogos com os pés? Pois é, o Flu foi incapaz de executá-las em três horas de confronto, e, tanto no Rio como em Assunção, a estratégia bumba-meu-boi foi a saída encontrada para levar perigo à meta do Olimpia.

Na Libertadores, palavras como garra, dedicação e atitude são muito valorizadas – diria até supervalorizadas. O Fluminense honrou todas elas. Foi guerreiro do início ao fim, como cantam seus torcedores. O problema foi que, se fisicamente e psicologicamente o Tricolor pareceu pronto para superar o Olimpia, taticamente e tecnicamente deixou muito a desejar. Até mesmo Diego Cavalieri, Jean e Fred, jogadores que fazem do Flu o time mais representativo em quantidade de jogadores na Seleção Brasileira que disputará a Copa das Confederações, foram mais transpiração que inspiração.

Depois de empatar sem gols em São Januário – equivocadamente considerado um bom resultado pelo fato de não ter sofrido gols em casa, mesmo que tenha controlado as ações ofensivas durante toda a partida – o Fluminense conseguiu tudo que mais queria no Defensores del Chaco ao praticamente ganhar um gol com o Rhayner antes dos 10 minutos. Acertadamente não recuou por completo para segurar a vantagem, mas faltou qualidade técnica, do goleiro Cavalieri ao ponta-esquerda Wellington Nem, para fazer valer a vantagem de poder até empatar. E depois de sofrer a virada, ainda na etapa inicial, a lacuna técnica também foi a responsável por mais 45 minutos de posse de bola sem criatividade.

Em 2013, os principais nomes do Tricolor ainda não alcançaram o nível técnico do ano passado, e, coletivamente, o time também não funciona. E aí se encontra o motivo de mais uma eliminação tricolor na Libertadores. Não foi falta de experiência, nem de dedicação, nem de raça. Foi falta de futebol. Talvez os tricolores tenham amarrado as chuteiras tão fortemente com as próprias veias que os pés ficaram sufocados.

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