quinta-feira, 25 de julho de 2013

ATLÉTICO MINEIRO CAMPEÃO DA COPA LIBERTADORES 2013

Atlético Mineiro 2 x 0 Olimpia (4 x 3 nos pênaltis) – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Na fé, na raça e no futebol! Atlético Mineiro vence Olimpia por 2 a 0 com a bola rolando e conquista, nos pênaltis, a primeira Libertadores de sua história.

Além do Olimpia, que se defenderia com unhas e dentes durante todos os minutos, assim como já fizera quando foi visitante contra Fluminense e Santa Fé, o Atlético Mineiro precisaria superar adversários invisíveis para sentir o gosto de vencer uma Libertadores.

Precisaria superar a dificuldade de jogar no Independência, pois se é verdade que o lotado Mineirão estava lindo e pulsante, também é verdade que este Galo, de Cuca, Ronaldinho, Bernard e companhia, joga em casa mesmo é no Independência. Precisaria superar o estigma de azarado. Ou melhor, os estigmas. O seu e o de Cuca, pois até mesmo o mais racional dos analistas de futebol fica menos cético diante da fama de pé-frio do clube e do treinador. Fama que acaba se refletindo na cabeça dos jogadores.

Precisaria superar o desejo incontrolável de reafirmação e comprovação de nomes como Victor, Jô, Tardelli e Ronaldinho – até ele! –, que pelo menos em algum momento de suas respectivas carreiras quase chegaram ao fundo do poço.  E por último, mas não menos difícil, precisaria superar o tempo, que sem dúvidas correria mais rápido para os mineiros do que para os paraguaios.

Diante de tamanha carga psicológica, não se poderia esperar um Atlético calmo, tranquilo, a trocar passes em busca dos espaços que o Olimpia insistiria em não oferecer. Logo no apito inicial, um chutão para frente do Réver deu a tônica da decisão. O triunfo atleticano, se viesse, teria que ser na base do “Eu acredito!” da torcida, da camisa religiosa e supersticiosa de Cuca, da raça, do abafa, da pressão, da bola direta para Jô guerrear entre os defensores. Os primeiros 45 minutos serviram apenas para dar mais drama à situação mineira, pois além de a pressão ofensiva não funcionar, o Olimpia ainda chegou perto das redes por duas vezes.

Após o intervalo seria tudo ou nada. Foi tudo! Jô parou de receber dinamites dos companheiros e passou a receber bolas mais arredondadas, Rosinei deu mais vida ao lado direito e Junior César se mandou pela esquerda, Bernard trocou o nervosismo e as cusparadas pela “alegria nas pernas”, Leonardo Silva virou referência nas bolas aéreas, que antes apenas sobrevoavam a área paraguaia. Os gols necessários vieram no início, com Jô, e no final, com Leonardo Silva, da etapa. No meio deles, o centroavante Ferreyra, com Victor fora do gol, poderia ter fechado o caixão atleticano. Tropeçou.

Se o pênalti que Victor defendera diante do Tijuana e o gol que Guilherme marcara contra o Newell’s Old Boys não serviram para por fim aos estigmas de azarado, o tropeção de Ferreyra o fez. Foi graças a ele que o Atlético fez o dois a zero que precisava, foi perfeito nos pênaltis e escreveu uma das páginas mais belas e sofridas de sua história.


PARABÉNS, GALO FORTE E VINGADOR!!!

2 comentários:

  1. O que iria mudar o impacto causado pelos traumas marcados na historia do Galo, seria a ATITUDE de querer mudar! E a ATITUDE desse time era maior que o fracasso, o talento, a habilidade e circunstâncias! http://www.assuntodofutebol.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Belas palavras, Diano. Realmente o enredo do Galo na Libertadores foi digno de um filme intitulado "O Galo Vingador"

    ResponderExcluir