Newell’s Old Boys 2 x 0 Atlético Mineiro – Estádio Marcelo
Bielsa, Rosario (ARG)
Newell’s domina um acuado Atlético Mineiro em noite de Maxi
Rodríguez e Scocco e abre grande vantagem na semifinal da Libertadores.
Para se recuperar da recente derrota na Superfinal do
Campeonato Argentino, o Newell’s Old Boys foi escalado pelo treinador Gerardo
Martino no 4-3-3 com: Guzmán; Cáceres, Vergini, Heinze e Casco; Mateo, Pérez e
Bernardi; Maxi Rodríguez, Figueroa e Scocco. De volta a uma semifinal de
Libertadores após 35 anos, o Atlético Mineiro, desfalcado de sua dupla de zaga
titular, foi organizado pelo Cuca no 4-4-1-1 com: Victor; Marcos Rocha, Rafael
Marques, Gilberto Silva e Richarlyson; Bernard, Josué, Pierre, Diego Tardelli;
Ronaldinho; Jô.
A análise da péssima atuação do Atlético na Argentina passa
pelas últimas semanas. Enquanto o Newell’s manteve suas estruturas física e psicológica
em intensas rotações, devido a disputas decisivas no Campeonato Argentino, o
Galo passou dias de pré-temporada com a pausa pela Copa das Confederações. Em
vésperas de um jogo decisivo, isto pesa positivamente para quem está, digamos,
mais quente. No entanto, vale ressaltar que já faz um tempinho que o Galo não
consegue praticar seu jogo de passes certeiros, movimentação e avanço em
conjunto, vide os dois empates diante do Tijuana, que só não virou tragédia no
Independência por causa do milagre realizado por Victor, já nos acréscimos.
No Estádio Marcelo Bielsa, o Newell’s não chegou a ter uma
atuação avassaladora, daquelas onde se cria uma chance de gol atrás da outra,
mas foi o senhor do jogo. À vontade para liberar seus incisivos laterais,
Cáceres e Casco, e os centrocampistas Bernardi e Pérez, os “leprosos” atacavam
com volume e obrigavam o Atlético a manter Bernard e Diego Tardelli como
defensores pelos flancos. Na etapa inicial, exigiram três boas defesas do Victor
em arremates do dinâmico Maxi Rodríguez e do infernal Scocco. Todo acuado, o
Alvinegro Mineiro, no fim do primeiro tempo, teve nos pés de Bernard a
oportunidade de mudar a história do confronto, mas o pequenino a desperdiçou.
Depois de uns primeiros minutos frios após o intervalo, o
Newell’s voltou a se turbinar comandado por Maxi Rodríguez, que chamou a
responsabilidade não só de puxar as tramas ofensivas, mas também de concluí-las,
como fez com perfeição aos 16 minutos. Muito bem coadjuvado por Figueroa e
Scocco, Maxi continuou a fazer o diabo: infiltrações pela meiúca, dribles
desconcertantes, bola na trave, cabeçada interceptada sobre a linha... Aos 35,
o ótimo momento rubro-negro se transformaria em gol com a potente e certeira
cobrança de falta de Scocco.
Agora, resta ao Atlético, no Independência, voltar a
apresentar aquele que ganhou o status de “melhor futebol jogado no Brasil”.
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