Brasil 3 x 0 Espanha – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
"Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!"
"Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!"
Clap! Clap! Clap! Clap!
Blitz da Seleção
Brasileira!
Foi assim contra Japão, México e Itália. E mais ainda na
histórica vitória sobre a Espanha que deu ao Brasil o caneco da Copa das
Confederações. Sensíveis com o momento de patriotismo aflorado pelos quatro
cantos do país, os mais de 70 mil presentes ao Maracanã cantaram o hino
nacional a plenos pulmões junto com os jogadores, mesmo após o fim dos
protocolares 90 segundos permitidos pelo padrão FIFA para cada hino. Foi a
senha para uma alegria sem fim da torcida canarinho, que há tempos estava louca
para mostrar sua paixão pela Seleção. E um verdadeiro pesadelo para os
espanhóis.
Com apenas dois minutos, o instinto matador de Fred já havia
feito um a zero. A partir daí, tudo que os torcedores queriam ver os jogadores
deram em dobro. Pegada? Luiz Gustavo e Paulinho chegavam junto de qualquer
vulto vermelho que passasse à frente. Seriedade? Marcelo e Thiago Silva não
estavam para brincadeira. Disposição? Hulk e Daniel Alves não pararam um
segundo. Entrega? David Luiz era a personificação da vontade. Um verdadeiro
leão intransponível! A finalização do Pedro que ele salvou sobre a linha mudou
o rumo da decisão.
Mas se atributos físicos, táticos e psicológicos fazem o
torcedor gritar e aplaudir, é a técnica refinada que o encanta. Então, ok... Se
a torcida quer individualidade, os gingados de Oscar e Neymar obrigaram os
defensores espanhóis a faltas duras e desleais – Piqué seria expulso aos 23 da
etapa final. Falando em Neymar, o camisa 10 voltou a ser monstruoso e decisivo.
Que noção de tempo e espaço para receber a redonda de Oscar, soltar a canhota e
fazer dois a zero, a um minuto do intervalo. Intervalo que foi uma maravilha
para os sorridentes e cantantes torcedores. Mas, como felicidade pouca é
bobagem... Fred, logo no comecinho da etapa final, pegou a Espanha mais uma
vez. Três a zero! A alegria era tamanha que até o Maracanã parecia pequeno.
Então, a torcida achou que era a hora de fazer Xavi, Iniesta
e companhia sofrerem do próprio veneno e pediu por “Olé”. A Seleção atendeu, e
passou a mesclar trocas de passes de pura categoria aos fulminantes contra-golpes
que desesperavam a retaguarda vermelha. O domingo foi tão perfeito para o
torcedor brasileiro que sorrisos vieram até mesmo dos lances perigosos produzidos
pelos espanhóis. Além de pênalti desperdiçado pelo Sérgio Ramos, Júlio César realizou
duas defesas milagrosas.
Mais do que o caneco da Copa das Confederações, esta vitória
magnífica sobre a Espanha decretou a volta do romance entre torcedor e Seleção.
E este romance será essencial para que daqui a um ano, na Copa do Mundo, nós tenhamos
não o prazer de vencer os melhores do planeta, mas de voltarmos a ser, nós
mesmos, os melhores do planeta.
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