Um dos mais renomados filmes de artes marciais da história – A Fúria
do Dragão – mostra a luta do lendário Bruce Lee contra uma organização que
traficava drogas através de uma fábrica de gelos. A grande cena é logo
uma das primeiras, quando Bruce Lee encontra-se com a maior calma no meio de
uma estrondosa pancadaria. É braço para cá, perna para lá, tapa na cara de um,
voadora no peito do outro... e Bruce Lee, no meio de toda a confusão, como se
estivesse no mais tranquilo dos ambientes. O motivo? Havia prometido para sua falecida mãe que não mais lutaria. Até que um pobre coitado lhe
arrancou do pescoço o cordão que simbolizava a promessa feita à mãe. Pronto! Em
questão de segundos todos os aspirantes a vilão estavam tortos no chão.
Até o último domingo, 1 de julho, a Espanha era o Bruce Lee de
cordão. Contida, pacífica. A Eurocopa em chamas e ela com a única
preocupação de não ser atingida. Era a Alemanha e seu arsenal ofensivo, a Itália
com um ímpeto poucas vezes visto, Cristiano Ronaldo em jornadas de melhor do
planeta e a Espanha apenas preocupada em chegar ao momento final sem arranhões.
Como Bruce Lee em meio ao “pega pá capá”. Mas o apito inicial da decisão contra
a Itália foi o arrancar de cordão da Espanha. A fúria voltava à La Furia.
Jordi Alba, Xavi, Iniesta, David Silva e Fábregas impuseram
um ritmo infernal no jogo. Ninguém esperava. Nem mesmo a até então alucinante
Itália. O futebol-yoga e a falta de ambição pelo gol das partidas anteriores
deram lugar a uma busca incessante por colocar a pelota nas redes. Até mesmo os
infinitos passes foram esquecidos, o que daria a Itália a maior posse de bola
na 1ª etapa. A fúria era tamanha que nem quando Thiago Motta saiu contundido e
deixou a Azzurra com um homem a menos
a sede de gol espanhola diminuiu. O resultado não poderia ser outro. Quatro a
zero. Maior goleada em uma final de Eurocopa.
Daqui a alguns anos, quando um pequenino perguntar para um
mais vivido o porquê de a Espanha ser chamada de La Furia, não serão necessárias palavras. Bastará
colocar o disco com esta final gravada no aparelho de dvd e estará explicado.
Como também estará explicado uma parte de como esta monumental e gigantesca equipe
conquistou o direito de conversar, em condições de igualdade, com os maiores
esquadrões que o Planeta Bola já viu.
¡FELICITACIONES, ESPAÑA!
coño Diano !! te estas superando en el arte de juntar las artes marciales con el futbol , genial el articulo , y no solo por que habla de España ,vale? y si la verdad españa jogo de otra forma en la final , mucho mas incisiva te mando el link de la cronica del primer gol de la voz de galicia , creo que te va a gustar http://www.lavozdegalicia.es/noticia/deportes/2012/07/03/nueve-toques-obra-arte/0003_201207G3P8991.htm?utm_source=buscavoz&utm_medium=buscavoz
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