Bielorrúsia 1 x 3 Brasil – Old Trafford, Manchester
(Inglaterra)
Brasil vence Bielorrússia em mais um jogo duro nas Olimpíadas
e garante a classificação para a fase mata-mata.
Poucos minutos após o apito inicial já era possível perceber que
o ponto-chave da estratégia bielorrussa seria a formação de uma muralha
vermelha na entrada de sua área, com uma linha de cinco defensores e mais três
volantes. Quando o catarinense naturalizado Renan, Bicampeão e Biartilheiro do “Bielorrussão”
nas últimas duas temporadas, pelo Bate Borisov, abriu o placar ainda no início
da 1ª etapa, o Brasil percebeu que não teria um jogo tranquilo pela frente.
O gol de empate em bela cabeçada do Pato após jogada de
Neymar, aos 14 minutos do 1º tempo, foi essencial para a Seleção não entrar em
desespero e pensar mais suas ações ofensivas. Até o último girar do relógio, com
exceção de alguns lances isolados que surgiam dos pés do Renan, o Brasil foi só
ataque. Marcelo, Oscar e Neymar comandaram um tsunami de tramas ofensivas, umas
sem qualidades, como os cruzamentos rifados para a área rival, e outras bem
costuradas. Estas últimas, as de maior refino, presentes em sua totalidade após
o intervalo.
Oscar arriscou arremates de fora da área, Neymar arrancou
para cima dos adversários e dribles apareceram com mais frequência, o que
assustou os bielorrussos a ponto de eles começarem a cometer mais faltas
próximas à área. Em uma delas, aos 20, Neymar foi magistral e virou o escore. Mesmo
com a alternância do vencedor parcial, o duelo não mudou de panorama e o Brasil
teve o mérito de continuar plantado no campo de ataque, postura que seria
premiada já nos acréscimos. Neymar – acreditem! – colocou a bola entre as
pernas do seu marcador com a cuca e, de calcanhar, encontrou Oscar livre, leve
e solto, para selar o triunfo.
Em torneios de tiro curto, como são as Olimpíadas, uma
classificação antecipada é de grande importância. Na última rodada, diante da
Nova Zelândia, a equipe poderá ganhar mais entrosamento e corpo tático sem a
necessidade de maiores desgastes físico e psicológico.
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História do Futebol Olímpico
Nenhum jogador balançou mais as redes em uma edição de
Olimpíadas do que o húngaro Ferenc Bene, autor de 12 gols nos Jogos de 1964. Dentre os brasileiros, os craques Romário e Bebeto, de
imensurável importância na conquista brasileira do Tetra Mundial, já terminaram
um torneio olímpico no topo da tabela de artilheiros. Romário foi o goleador em
1988 com oito tentos, enquanto Bebeto, em 1996, ao lado do argentino Crespo, com seis.
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