Quando torneios como Copa América, Eurocopa e Copa do Mundo
ainda começavam a florescer como pensamentos na cabeça de alguns idealizadores,
já existia uma competição de futebol que reunia selecionados mundiais para
apresentar a arte com a bola nos pés. Eram os Jogos Olímpicos.
Apesar de disputado nas edições de 1900 e 1904 – ambas
contaram com apenas três participantes cada e foram vencidas por equipes
representantes de Grã-Bretanha e Canadá, respectivamente – o futebol olímpico começaria
a caminhar mais fortemente a partir das Olimpíadas de 1908, já sob o manuseio
da FIFA. Daí em diante a caneta que escreve a história do futebol olímpico passou
por diversas mãos.
Em Londres (1908) e Estocolmo (1912) os “Pais do Futebol”
mostraram a mesma classe com a qual seus clubes deliciavam torcedores em
viagens ao redor do mundo e a Grã-Bretanha terminou com a medalha dourada. Após
a ausência do evento em 1916, devido à I Guerra Mundial, a Bélgica fez valer o
fator casa e conquistou os Jogos da Antuérpia, em 1920. As últimas duas edições
de Olimpíadas pré-Copa do Mundo de futebol, em 1924 (Paris) e 1928 (Amsterdã),
ficariam marcadas pelos triunfos uruguaios e o brotar de um dos maiores
esquadrões que o Planeta Bola já viu: a “Celeste Olímpica” de Nazassi, Andrade,
Cea e outros ótimos mais.
Los Angeles, em 1932, não contou com o futebol em seu
programa olímpico – umas fontes “culpam” o nascimento da Copa do Mundo em 1930
e outras a vontade dos Estados Unidos de valorizar o Futebol Americano –, mas o
“esporte bretão” voltaria em 1936, em Berlim, numa das edições mais comentadas
dos Jogos. E com o futebol não seria diferente, tanto pela eliminação da
Alemanha para a Noruega, com a presença de Adolf Hitler no estádio, como pela
surpreendente virada peruana sobre a forte Áustria (4 a 2) que seria anulada.
Os austríacos reclamariam e por questões claramente políticas
– apesar de as justificativas pelo cancelamento terem sido a invasão de campo
por torcedores do Peru, maus tratos dos jogadores peruanos perante os
austríacos e dimensões do campo menores do que as oficiais – outro duelo foi
marcado, desta vez, com portões fechados. A Seleção Peruana não só se negou a
participar da nova partida como toda a delegação do país abandonou os Jogos. E
mais, a delegação colombiana, em apoio, fez o mesmo.
A medalha dourada em Berlim terminaria com a Itália do
treinador Vittorio Pozzo, comandante da Azzurra que conquistara o Mundial de
1934 e também levantaria, em um futuro próximo, o de 1938. A ganância por poder
que já dava sinais de força nas Olimpíadas de Berlim chegaria ao ápice com a II
Guerra Mundial e, consequentemente, a não realização dos Jogos de 1940 e 1944. O
retorno em Londres, no ano de 1948, viria com a consagração de um trio de ouro,
chamado, carinhosamente, Gre-No-Li. Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Nils Liedholm
levariam a Suécia à glória máxima e, mais tarde, colocariam, juntos, seus nomes
na galeria de ídolos do italiano Milan.
bunda cagada
ResponderExcluir