Curto e sem ser grosso: o Brasil entra na Copa das
Confederações para ganhar. As cinco estrelas sobre o escudo nos credenciam a
qualquer campeonato. Ser um dos favoritos, porém, não apaga o fato de que
Felipão precisará montar o seu time ao longo da competição.
David Luiz ou Dante ou os dois? Luiz Gustavo ou Fernando ou
os dois? Paulinho ou Hernanes ou os dois? Hulk ou Lucas? Oscar escuta o apito
inicial do campo ou do banco? A cabeça de Felipão deve estar a mil, assim como
a cabeça do torcedor que se preocupa com a Seleção e sabe da importância da
Copa das Confederações. Dentre as dúvidas de Scolari, a menor é a escalação de
David Luiz como volante ou zagueiro. O cabeludo do Chelsea jogou à frente da
zaga apenas uns minutinhos contra a França, quando a vitória já estava
decidida, e deve ser mesmo defensor. As interrogações na cuca do treinador
estão, principalmente, no setor de meio-campo.
Sumido nas etapas iniciais diante da Inglaterra e da França,
Paulinho se soltou quando teve Fernando e Hernanes ao seu lado – fez o gol de empate
contra os ingleses e puxou o contra-golpe do segundo tento diante dos franceses.
Falando em Hernanes, o camisa oito foi de grande eficiência ofensiva nos
últimos dois amistosos: acertou um tijolo no travessão que Fred aproveitou o
rebote para fazer 1 a 0 na Inglaterra e transformou em gol um belo
contra-ataque diante da França. Em todos estes momentos de Paulinho e Hernanes que
resultaram em bola na rede Oscar não estava em campo. Logo o Oscar, que talvez
tenha sido o melhor jogador brasileiro somando-se os dois amistosos recentes.
Com certeza a decisão de Felipão por seu meio-campo ideal só
virá com o caminhar da Copa das Confederações. Assim como quem será o titular
dentre Hulk e Lucas. Hulk consegue mesclar intensidade, força e luta com bom
futebol. É boa opção pelos flancos, mas a torcida brasileira gosta mesmo é do
Lucas, que tem correspondido quando entra: dos cinco gols canarinhos contra
Inglaterra e França, participou diretamente de três. Lucas não parece mais
estar naquele grupo dos jogadores reservas que podem entrar para colocar fogo
no jogo. É titular absoluto do estrelado PSG e está louco para ser também da
Seleção.
Hoje, às vésperas da Copa das Confederações, Felipão ainda
não tem seu time pronto. Pelo contrário, está longe disso. Mas, pelo menos, tem
as opções para buscar a melhor formação. E terá que fazê-lo durante uma
competição que vale muito, e que a história e a torcida da Seleção não a
permitem encarar como laboratório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário