SEMIFINAIS
Brasil x Uruguai - Mineirão (MG)
Espanha x Itália - Castelão (CE)
A Copa das Confederações caprichou nos embates semifinais. Brasil
versus Uruguai. Espanha versus Itália. Clássicos continentais que colocarão em
disputa tradição, história, estilos de jogo e craques do mais alto nível.
O Brasil de Felipão conseguiu um avanço imenso na primeira
fase do torneio. Não tanto na qualidade de jogo, mas na formação como time.
Hoje, o torcedor sabe escalar a Seleção do goleiro ao ponta-esquerda. E que
ponta-esquerda! Neymar está esplêndido com a camisa dez às costas. Detona os
rivais com plasticidade e é a fonte de criatividade de um time que se organiza
jogo após jogo. Um time que transforma o hino nacional em combustível para uma
blitz nos primeiros minutos e já esboça uma interessante marcação pressão, mas que
ainda peca muito na hora de tomar as rédeas do jogo quando à frente no placar.
E se existe um adversário que não se assusta ao olhar as
cinco estrelas sobre o escudo brasileiro este é o Uruguai. Garra, vontade e
dedicação são palavras que estão escritas em letras garrafais no dicionário
celeste. É na base da entrega que eles tentam superar as dificuldades de uma
defesa lenta e violenta e de um meio-campo que mais transpira que inspira. Assim
eles buscam fazer a bola chegar a Luís Suárez, Cavani e Forlán, nomes que
precisam de pouco tempo e espaço para mudar o rumo de um jogo.
Do clássico sul-americano para o europeu, outro duelo de
gigantes. A Espanha parece sedenta por incluir no já glorioso currículo um
título no mundialmente conhecido como país do futebol-arte. Já faz uns anos que
a Fúria supera seus adversários em todos os quesitos: técnico – Iniesta, por
exemplo, já poderia abrir uma galeria de arte com suas jogadas; físico – se necessário,
os espanhóis mantêm a mesma intensidade durante os 90 minutos; psicológico – diante
da Espanha, qualquer time parece entrar em campo pensando o que fazer para não
perder, nunca em como ganhar; tático – o repertório é vasto e inclui marcação pressão,
troca de passes ad infinitum, liberdade
aos homens de frente...
Mas a “Azzurra” quer vingança pelo quatro a zero sofrido na
final da Eurocopa 2012. E, acreditem, o sentimento de vingança se torna algo
positivo para um time como este italiano, que já mostrou contra Japão e Brasil
que não vai se entregar diante das adversidades. É verdade que o sistema
defensivo como um todo – até tu, Buffon? – tem deixado a desejar, mas o
meio-campo e o ataque azuis são formados por jogadores que mesclam força e
técnica, dedicação e criatividade, dureza e refino. De Rossi, Montolivo,
Marchiso e Giaccherini são assim, enquanto Pirlo e Balotelli (se os problemas
físicos permitirem) são aqueles de quem tudo se espera. E ambos parecem estar
adorando os gramados brasileiros, principalmente o intempestivo avante, cada dia
mais essencial a sua equipe.
Amigos, esqueçam tudo que já ouviram sobre a Copa das
Confederações ser um torneio preparatório para o Mundial. A hora é de a cobra
fumar charuto cubano. Todos querem o caneco e vão lutar com todas as forças
para consegui-lo.
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