Grupo A
Brasil 4 x 2 Itália – Fonte Nova, Salvador (BA)
Japão 1 x 2 México – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Que embate! Tenso, nervoso, pegado e brigado, mas sem deixar
de ser jogado. Brasil e Itália se doaram ao máximo e em nenhum momento tiraram
o pé do acelerador por já estarem garantidos na fase semifinal. Ao fim da
maiúscula vitória brasileira, muitos afirmaram ter sido o duelo um bom teste
para o time de Felipão. Bom teste? Bons testes foram os amistosos contra
Inglaterra e França. Este Brasil versus Itália não foi um teste, mas sim um
confronto que valeu três pontos, os 100% de aproveitamento e a honra de vencer
o único clássico que tem nove títulos mundiais como pano de fundo. Além da
maior chance de escapar da Espanha na semifinal – lembrando que uma vitória da
Nigéria não pode ser descartada, principalmente em um jogo que ocorre em
Fortaleza e às 16h.
Tendo deixado claro a discordância quanto à classificação do
confronto como um teste, falemos da Seleção Brasileira. Individualmente, Neymar
e Fred comandaram o triunfo. Neymar segue esplêndido. Mostra sua cara nos
momentos importantes, está confiante no mano a mano e perfeito nos arremates –
poucos conseguem deixar Buffon estático diante de um anunciado chute a gol.
Fred acabou com a zaga italiana. Por cima e por baixo. Dois gols de quem sabe
muito de grande área. Já no conjunto, a blitz nos minutos iniciais e a marcação
pressão foram os pontos fortes. Em ambos, méritos também para Felipão e sua
comissão técnica, pois estas são atitudes que exigem bastante das estruturas
tática e física de uma equipe.
A fragilidade verde-amarela que mais ficou exposta foi a incapacidade
de tomar as rédeas do jogo e dar as cartas quando esteve à frente no placar – o
que já havia ocorrido, em menor escala, diante de japoneses e mexicanos. O
Brasil fez um a zero com Dante, nos acréscimos da etapa inicial, e, logo aos
cinco minutos pós-intervalo, Giaccherini já empatava em um lance iniciado com
um chutão do Buffon e que contou com linda participação de um contorcionista
Balotelli. Pouco depois de Neymar recolocar o Brasil na ponta, aos 8, a Itália já
voltou a encorpar. E nem mesmo o gol de Fred, aos 20, tranquilizou a Seleção. Vale
ressaltar também a força e o psicológico dos italianos, dignos de John McClane,
personagem interpretado por Bruce Willis na saga Duro de Matar.
Assim como ocorrera diante do Japão, a Itália absorveu o
golpe de ficar dois gols atrás, respirou fundo e partiu para a pressão. Diminui
com Chiellini, em lance que o juiz se embolou todo ao apitar pênalti e o ignorar
em seguida, assustou muito em bolas paradas, acertou a trave com Maggio... Fez
o Brasil ficar sem respirar até Fred, o dono do jogo, decretar 4 a 2, já aos 43
minutos. Uma vitória que dá moral, energia, confiança. E mostra que, enfim,
temos um time. Com defeitos que precisam ser amenizados. Mas que time não os tem?
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