domingo, 6 de outubro de 2013

CAMPEONATO BRASILEIRO 2013 – 26ª RODADA – FLAMENGO X VASCO








RESULTADOS
Botafogo 0 x 1 Grêmio
São Paulo 3 x 2 Vitória
Flamengo 1 x 1 Vasco
Internacional 1 x 0 Fluminense
Náutico 1 x 4 Cruzeiro
Atlético Mineiro 0 x 0 Corinthians
Atlético Paranaense 2 x 1 Coritiba
Bahia 1 x 1 Ponte Preta
Goiás 1 x 1 Criciúma
Portuguesa 3 x 0 Santos

ARTILHARIA
15 Gols
Éderson (Atlético Paranaense)
13 Gols
Gilberto (Portuguesa)
William (Ponte Preta)
Flamengo 1 x 1 Vasco – Mané Garrincha, Brasília (DF)

Flamengo e Vasco empatam em partida de nível técnico sofrível e mostram em campo o que suas posições dizem na tabela.

Pelas deficiências técnica e tática das retaguardas rubro-negra e cruz-maltina, o duelo em Brasília poderia ter sido repleto em lances de gols. Poderia, não fosse a infertilidade dos sistemas ofensivos de ambos os quadros. Em outras palavras, os fracos ataques pouco se aproveitaram da horripilância das defesas no Clássico dos Milhões.

Nos primeiros 45 minutos, o Vasco se viu perdido na ideia de Dorival de jogar sem um centroavante e sequer chegou a rondar a área defendida por Paulo Victor. Nem mesmo Juninho Pernambucano – visivelmente desgastado fisicamente – parecia lúcido. O Flamengo, por sua vez, muito longe de qualquer brilhantismo, tinha nos pés rápidos de Paulinho e nos pés sedentos de Hernane o seu plano de ataque. Foi assim que o “Brocador” quase abriu o placar, aos 30, e o abriu, três minutinhos depois, em falha acrobática de Cris. 

Com 6 minutos do segundo tempo, Chicão, de falta, quase ampliou a vantagem do Fla. No entanto, as substituições promovidas no intervalo (Willie e André entraram nos lugares de Juninho e Edmilson) deram nova vida ao Vasco. Mais consciente ofensivamente, o Cruz-Maltino chegou ao empate na jogada mais bem trabalhada do clássico: Fillipe Soutto e Marlone iniciaram, Jhon Cley intermediou, João Paulo falhou e Willie finalizou. O relógio apontava 8 minutos e, pela situação em que se encontram na tabela, criou-se uma esperança de que o jogo poderia ganhar em emoção.

Não ganhou. A bola continuou a mais sobrevoar o gramado do que a rolar por ele e, fora um contra-golpe flamenguista, em nova paçocada de Cris, e uma ultrapassagem do vascaíno Yotún pela esquerda, nenhum torcedor teve motivos para se levantar da poltrona, cadeira de bar ou arquibancada. O apito final decretou um empate ruim para os dois rivais, mas pior ainda para o Vasco, que começa a semana na inglória zona da degola. 

Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e João Paulo; Amaral, Elias e André Santos (Gabriel); Carlos Eduardo (Luiz Antônio) e Paulinho (Rafinha); Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.

Vasco: Diogo Silva; Fagner, Cris, Jomar e Totún; Pedro Ken, Fillipe Soutto e Juninho Pernambucano (Willie); Edmilson (André), Marlone e Jhon Cley (Wendell). Técnico: Dorival Júnior.

CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO

- Torcedor ferrenho do Grêmio, o jornalista e escritor Eduardo Bueno insiste que para vestir a camisa tricolor é necessário, acima de tudo, se entregar em campo, e reverencia nomes da antiga como o do uruguaio Hugo De León e o do “Cangaceiro dos Pampas” Dinho. De maneira até cômica, cita que Airton Pavilhão, zagueiro histórico dos anos 50 e 60, se tornou um dos maiores ídolos da história gremista apesar de seu refino. Pois Bueno deve estar encantado com o atual time do Grêmio, que faz de cada jogo uma guerra e consegue vitórias maiúsculas com um futebol de raça, disposição, luta, batalha, suor...

- Volto mais no tempo e de Eduardo Bueno chego ao incomparável Nelson Rodrigues, que, lá nos anos 50, disse: “Cuida-se das canelas, mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. É claro que o desgaste físico – principalmente o de Seedorf – tem sua parcela de culpa na queda de rendimento do Botafogo. No entanto, o grande responsável por o Alvinegro passar a jogar um futebol irreconhecível da noite para o dia – diria até da noite para a madrugada, tamanha a instantaneidade do declínio – é a estrutura psicológica. Em campo, o Bota parece um time anêmico, sem forças, sem ímpeto, sem confiança. De um minuto para o outro deixaram de acreditar no que podem render, e, isto, não é por motivos físicos.


- Na tarde que Paulo Baier decide o Atle-Tiba descobrimos que os dirigentes do Furacão não desejam que ele atue a próxima temporada com a camisa do clube. Qualquer dia os cartolas brasileiros vão entender que, às vezes, um “quarentão” é muito mais importante que um “vintinho”. 

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