terça-feira, 8 de outubro de 2013

O BOTAFOGO ESTÁ DOENTE


Os sintomas são visíveis. Apatia, abatimento, fraqueza, falta de confiança. Amigos, o Botafogo está doente. A DTD (Doença Transmitida por Derrota) foi adquirida em Belo Horizonte, no dia 19 de setembro. O Botafogo enfrentava o Cruzeiro, no Mineirão, e, em caso de vitória, ficaria a um ponto apenas da liderança. Perdeu por três, viu seu líder, Seedorf, desperdiçar um pênalti em momento crítico e, hoje, menos de um mês depois, se encontra a 16 pontos da ponta da tabela.

A sequência após a derrota em Minas é assustadora: em quatro jogos, todos eles no Maracanã, o Botafogo conseguiu apenas um mísero pontinho. Perdeu para Bahia, Ponte Preta e Grêmio e empatou com o Fluminense. No meio destes, também no Maraca, empatou com o Flamengo pela Copa do Brasil. O que aconteceu com o time que jogava o futebol mais prazeroso de se ver do país e que mesclava o jogo bonito com resultados maiúsculos?

À primeira vista, a saída de Vitinho, no momento em que o garoto era um dos destaques do Campeonato Brasileiro, para não dizer o destaque, surge como fator protagonista para a queda alvinegra. Não é. Obviamente o menino faz muita falta, mas vale lembrar que logo após sua saída para a Rússia o Bota emplacou quatro vitórias seguidas.

O desgaste físico alvinegro é evidente – mais ainda o de Seedorf. Porém, qual time do Brasileirão não sente a pesada rotina de jogos onde os apitos final e inicial chegam quase simultaneamente aos ouvidos?

O grande culpado da fase cinzenta vivida é o psicológico. A derrota diante do Cruzeiro, do modo que foi, no momento em que ocorreu, detonou o emocional alvinegro. Foi ela que fez os jogadores perderem a confiança. Hoje, parece que em General Severiano ninguém acredita mais no potencial do time. E pior, no próprio potencial.

E devido à já citada rotina de partidas no meio e no fim da semana, o Botafogo não tem condições para respirar fundo, colocar a cabeça em ordem e entender o momento pelo qual está passando. O paciente não tem tempo para repousar e tomar as precauções necessárias a quem está enfermo. A recuperação terá que ocorrer no calor do dia a dia.

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