Os sintomas são visíveis. Apatia, abatimento, fraqueza,
falta de confiança. Amigos, o Botafogo está doente. A DTD (Doença Transmitida
por Derrota) foi adquirida em
Belo Horizonte , no dia 19 de setembro. O Botafogo enfrentava
o Cruzeiro, no Mineirão, e, em caso de vitória, ficaria a um ponto apenas da
liderança. Perdeu por três, viu seu líder, Seedorf, desperdiçar um pênalti em
momento crítico e, hoje, menos de um mês depois, se encontra a 16 pontos da
ponta da tabela.
A sequência após a derrota em Minas é assustadora: em
quatro jogos, todos eles no Maracanã, o Botafogo conseguiu apenas um mísero
pontinho. Perdeu para Bahia, Ponte Preta e Grêmio e empatou com o Fluminense.
No meio destes, também no Maraca, empatou com o Flamengo pela Copa do Brasil. O
que aconteceu com o time que jogava o futebol mais prazeroso de se ver do país
e que mesclava o jogo bonito com resultados maiúsculos?
À primeira vista, a saída de Vitinho, no momento em que o
garoto era um dos destaques do Campeonato Brasileiro, para não dizer o
destaque, surge como fator protagonista para a queda alvinegra. Não é.
Obviamente o menino faz muita falta, mas vale lembrar que logo após sua saída
para a Rússia o Bota emplacou quatro vitórias seguidas.
O desgaste físico alvinegro é evidente – mais ainda o de
Seedorf. Porém, qual time do Brasileirão não sente a pesada rotina de jogos
onde os apitos final e inicial chegam quase simultaneamente aos ouvidos?
O grande culpado da fase cinzenta vivida é o psicológico.
A derrota diante do Cruzeiro, do modo que foi, no momento em que ocorreu,
detonou o emocional alvinegro. Foi ela que fez os jogadores perderem a
confiança. Hoje, parece que em General Severiano ninguém acredita mais no
potencial do time. E pior, no próprio potencial.
E devido à já citada rotina de partidas no meio e no fim
da semana, o Botafogo não tem condições para respirar fundo, colocar a cabeça
em ordem e entender o momento pelo qual está passando. O paciente não tem tempo
para repousar e tomar as precauções necessárias a quem está enfermo. A
recuperação terá que ocorrer no calor do dia a dia.
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