RESULTADOS
Fluminense 1 x 1 Ponte Preta
Náutico 1 x 5 Santos
Corinthians 1 x 0 Criciúma
Bahia 0 x 1 São Paulo
Internacional 2 x 2 Grêmio
Goiás 3 x 0 Atlético Paranaense
Atlético Mineiro 1 x 0 Flamengo
Botafogo 2 x 2 Vasco
Coritiba 2 x 1 Cruzeiro
Portuguesa 1 x 1 Vitória
ARTILHARIA
15 Gols – Éderson (Atlético Paranaense)
14 Gols – Gilberto (Portuguesa) e Willian (Ponte Preta)
13 Gols – Fernandão (Bahia) e Hernane (Flamengo)
Botafogo 2 x 2 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Repleto de reservas, Botafogo abre dois gols de vantagem maneira
avassaladora, mas Juninho Pernambucano comanda a reação do Vasco com duas
assistências e clássico termina empatado.
Antes mesmo de a partida ter início já se encontrava na mesa
o principal assunto a ser debatido. Com o Goiás a apenas três pontos de
distância, o Botafogo entrava em campo mais da metade de seus titulares, todos
poupados. Sem pelos na língua, opino: um ato inconsequente. E esta seria minha
opinião mesmo que o Botafogo goleasse por quatro ou cinco, o que poderia ter
acontecido pelo filme de terror que foi a defesa vascaína. O bota fez dois a
zero antes do minuto seis, gols de Dankler e Lodeiro, ambos em falhas do goleiro
Diogo Silva, e poderia ter feio muito mais.
Concordo que o calendário sufocante, que faz o apito final de
um jogo se misturar ao inicial do seguinte, exige que as comissões técnicas
tomem medidas para poupar seus jogadores e evitar contusões. No entanto,
invariavelmente, estas comissões mostram que não possuem um planejamento para
diminuir o desgaste dos atletas. Ao invés de poupar um nome em uma rodada e dois,
ou no máximo três, em outra, de forma a reduzir o impacto no rendimento da
equipe, as comissões, apoiadas na desculpa já formada do péssimo calendário, se
sentem livres para escalar quase um time inteiro de suplentes. Uma decisão que
não gasta neurônios, diferente do que seria a de montar uma planilha de
rodízios.
O Botafogo não fechou o caixão cruz-maltino e o bando que era
o Vasco ganhou alguns contornos de time com as entradas no intervalo de Juninho
Pernambucano e do centroavante Thalles. A vibração que faltava ao time da cruz de
malta viria com o gol de cabeça de Jomar, aos oito. O time se inflou e se lançou
à frente, o que resultou em mais espaços atrás, é verdade, mas também no gol de
empate, com Pedro Ken, aos 23. Daí até o final, um Botafogo perdido com a
alternância de cenário do duelo e um Vasco esgotado fisicamente estiveram
próximos da vitória. O Bota com Daniel e Lodeiro, e o Vasco em cobrança de
falta de Juninho que Jefferson voou para buscar já nos acréscimos.
Assim, o apito final veio para decretar um empate que, em
termos de tabela, foi péssimo para botafoguenses, que agora têm o Goiás no
cangote, e vascaínos, mais distantes do alívio.
CURTINHAS DO BRASILEIRÃO
- As perdas por negociações, primeiro, e por contusões,
depois, fizeram do time do Fluminense uma verdadeira colcha de retalhos. Repetir
a escalação é missão quase impossível pelo lado das Laranjeiras. Nestas
situações, seria mais coerente apostar em uma estrutura tática simples e que
pudesse ser constantemente repetida, porém Vanderlei Luxemburgo insiste complexidades
e improvisações. Rafinha é lateral-direito e lateral-esquerdo mesmo sem ser
lateral; o volante Edinho faz as vezes de terceiro zagueiro; o lateral Bruno já
foi meio-campo; Rhayner, quando joga, parece não ter ideia de sua posição; num
jogo Samuel é referência, no outro, não tem referência nenhuma na área; às
vezes, no início do segundo tempo, Luxemburgo já fez as três alterações
embolando o que já estava embolado... Hoje, em termos táticos, o Flu precisaria
ser como um time de totó, com jogadores fixos e conscientes de seus papéis em
campo.
- Num Gre-Nal lutado, como sempre, e aberto, como raramente,
chamou atenção mais um desempenho apático dos centroavantes Leandro Damião e
Barcos. O brasileiro colorado e o argentino tricolor vivem uma fase ruim
tecnicamente e de pouca confiança no próprio taco. E, amigos, nada como
confiança para quem é responsável por colocar a redonda no fundo do gol, por
infernizar os zagueiros, por estar no lugar certo na hora certa... É mais do que compreensível a perda de espaço
dos dois em suas Seleções que vão disputar a Copa do Mundo.
- E o Walter, ein? Impressionante como o atacante goiano consegue,
em um mesmo lance, dominar a bola com a delicadeza de uma dama e arrematá-la
com a potência de um trator. E no ritmo do rústico e refinado Walter, o Goiás
está a quatro pontos da zona da Libertadores e a um empate da semifinal da Copa
do Brasil.
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