domingo, 20 de outubro de 2013

CAMPEONATO BRASILEIRO 2013 – 30ª RODADA – BOTAFOGO X VASCO







RESULTADOS
Fluminense 1 x 1 Ponte Preta
Náutico 1 x 5 Santos
Corinthians 1 x 0 Criciúma
Bahia 0 x 1 São Paulo
Internacional 2 x 2 Grêmio
Goiás 3 x 0 Atlético Paranaense
Atlético Mineiro 1 x 0 Flamengo
Botafogo 2 x 2 Vasco
Coritiba 2 x 1 Cruzeiro
Portuguesa 1 x 1 Vitória

ARTILHARIA
15 Gols – Éderson (Atlético Paranaense)
14 Gols – Gilberto (Portuguesa) e Willian (Ponte Preta)
13 Gols – Fernandão (Bahia) e Hernane (Flamengo)

Botafogo 2 x 2 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Repleto de reservas, Botafogo abre dois gols de vantagem maneira avassaladora, mas Juninho Pernambucano comanda a reação do Vasco com duas assistências e clássico termina empatado.  

Antes mesmo de a partida ter início já se encontrava na mesa o principal assunto a ser debatido. Com o Goiás a apenas três pontos de distância, o Botafogo entrava em campo mais da metade de seus titulares, todos poupados. Sem pelos na língua, opino: um ato inconsequente. E esta seria minha opinião mesmo que o Botafogo goleasse por quatro ou cinco, o que poderia ter acontecido pelo filme de terror que foi a defesa vascaína. O bota fez dois a zero antes do minuto seis, gols de Dankler e Lodeiro, ambos em falhas do goleiro Diogo Silva, e poderia ter feio muito mais.

Concordo que o calendário sufocante, que faz o apito final de um jogo se misturar ao inicial do seguinte, exige que as comissões técnicas tomem medidas para poupar seus jogadores e evitar contusões. No entanto, invariavelmente, estas comissões mostram que não possuem um planejamento para diminuir o desgaste dos atletas. Ao invés de poupar um nome em uma rodada e dois, ou no máximo três, em outra, de forma a reduzir o impacto no rendimento da equipe, as comissões, apoiadas na desculpa já formada do péssimo calendário, se sentem livres para escalar quase um time inteiro de suplentes. Uma decisão que não gasta neurônios, diferente do que seria a de montar uma planilha de rodízios.

O Botafogo não fechou o caixão cruz-maltino e o bando que era o Vasco ganhou alguns contornos de time com as entradas no intervalo de Juninho Pernambucano e do centroavante Thalles. A vibração que faltava ao time da cruz de malta viria com o gol de cabeça de Jomar, aos oito. O time se inflou e se lançou à frente, o que resultou em mais espaços atrás, é verdade, mas também no gol de empate, com Pedro Ken, aos 23. Daí até o final, um Botafogo perdido com a alternância de cenário do duelo e um Vasco esgotado fisicamente estiveram próximos da vitória. O Bota com Daniel e Lodeiro, e o Vasco em cobrança de falta de Juninho que Jefferson voou para buscar já nos acréscimos.

Assim, o apito final veio para decretar um empate que, em termos de tabela, foi péssimo para botafoguenses, que agora têm o Goiás no cangote, e vascaínos, mais distantes do alívio.

CURTINHAS DO BRASILEIRÃO

- As perdas por negociações, primeiro, e por contusões, depois, fizeram do time do Fluminense uma verdadeira colcha de retalhos. Repetir a escalação é missão quase impossível pelo lado das Laranjeiras. Nestas situações, seria mais coerente apostar em uma estrutura tática simples e que pudesse ser constantemente repetida, porém Vanderlei Luxemburgo insiste complexidades e improvisações. Rafinha é lateral-direito e lateral-esquerdo mesmo sem ser lateral; o volante Edinho faz as vezes de terceiro zagueiro; o lateral Bruno já foi meio-campo; Rhayner, quando joga, parece não ter ideia de sua posição; num jogo Samuel é referência, no outro, não tem referência nenhuma na área; às vezes, no início do segundo tempo, Luxemburgo já fez as três alterações embolando o que já estava embolado... Hoje, em termos táticos, o Flu precisaria ser como um time de totó, com jogadores fixos e conscientes de seus papéis em campo.

- Num Gre-Nal lutado, como sempre, e aberto, como raramente, chamou atenção mais um desempenho apático dos centroavantes Leandro Damião e Barcos. O brasileiro colorado e o argentino tricolor vivem uma fase ruim tecnicamente e de pouca confiança no próprio taco. E, amigos, nada como confiança para quem é responsável por colocar a redonda no fundo do gol, por infernizar os zagueiros, por estar no lugar certo na hora certa...  É mais do que compreensível a perda de espaço dos dois em suas Seleções que vão disputar a Copa do Mundo.


- E o Walter, ein? Impressionante como o atacante goiano consegue, em um mesmo lance, dominar a bola com a delicadeza de uma dama e arrematá-la com a potência de um trator. E no ritmo do rústico e refinado Walter, o Goiás está a quatro pontos da zona da Libertadores e a um empate da semifinal da Copa do Brasil. 

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