O Brasileirão 2013 chegou a um ponto no qual apostar em
seus jogos se tornou um completo tiro no escuro, tal qual o jogo do bicho. E se
no jogo do bicho não existe zebra, no Campeonato só podemos invocar o simpático
animal listrado para algumas vitórias do Náutico. Fora isso, é tudo tão
equilibrado que a surpresa se tornou rotina e, por isso mesmo, deixou de ser
surpresa.
Precisamos somente da última semana para ilustrar a loucura
do Brasileiro. Vejamos, amigos. Na penúltima rodada, apenas um dos 10 jogos foi
vencido por uma equipe que se encontrava melhor classificada que o adversário
(o Botafogo bateu o Náutico). Já neste último fim de semana, o cenário se
inverteu por completo e apenas duas partidas foram vencidas por um time que
iniciou a rodada numa posição inferior ao rival (Criciúma e Atlético Mineiro superaram,
respectivamente, Vasco e Cruzeiro).
Os clubes têm campanhas tão inconstantes – verdadeiras
montanhas-russas – que temos o seguinte reflexo em termos de tabela. Qualquer
sequência de bons resultados faz um time sonhar com a classificação para a
Libertadores. Porém, esta sequência é tão pequena que nenhuma ameaça real surge
ao quarteto Cruzeiro / Botafogo / Grêmio / Atlético-PR, que desde a 16ª rodada
criou raízes no G4.
E não é só isso. Logo ao fim da pequena sequência de
resultados positivos, o time vive uma má fase que traz à mente pesadelos em
relação à zona de rebaixamento. Com exceção dos torcedores cruzeirenses,
botafoguenses e gremistas, todos os outros sentiram pelo menos uma pulguinha do
rebaixamento atrás da orelha. Em alguns casos, uma infinidade de pulgas.
E assim seguiremos até 8 de dezembro, num perde, ganha e
empata imprevisível e que trará muitos sonhos que não serão realizados e
pesadelos que não serão vividos.
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