Flamengo 4 x 0 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Léo Moura esbanja, Paulinho voa, Hernane não perdoa e
Flamengo goleia o Botafogo para avançar à fase semifinal da Copa do Brasil.
Até o minuto 11 da etapa final, quando o impossível Hernane
foi às redes pela terceira vez no clássico e efusivamente comemorou com o gesto
de “acabou”, o confronto entre Flamengo e Botafogo se caracterizava por uma batalha
de estilos, com o time da Gávea a demonstrar uma supremacia assustadora sobre o
de General Severiano.
Na batalha de estilos, o Flamengo se defendia ferrenhamente e
se lançava ao ataque pela esquerda, com a velocidade de Paulinho, que fez os
mais antigos reviverem o tempo dos ariscos pontas. O lateral-direito alvinegro
Gilberto, sem ninguém para ajudá-lo no seu setor, levou um baile do inspirado Paulinho,
e foi por ali que a vitória rubro-negra foi conquistada. Dois cruzamentos do
André Santos e um rebote de Jefferson em finalização de Paulinho encontraram
Hernane dentro da área, e, sempre com apenas um toque na redonda, o “Brocador”
não teve misericórdia e a colocou três vezes no fundo do barbante.
Até o referencial minuto 11 do segundo tempo, o Botafogo se
esforçava para tentar ludibriar a retaguarda flamenguista com muita
movimentação. Seedorf, Gegê, Lodeiro e Rafael Marques trocavam de posições e
buscavam aproximações, porém não mostravam poder ofensivo para transformar as
jogadas nascentes em perigo ao goleiro Felipe. “E o que explica o triunfo do
estilo flamenguista sobre o botafoguense?”, o amigo leitor pode perguntar.
Pois bem, explica-se pela superioridade física, psicológica e
técnica apresentada pelo Fla no confronto. Física a ponto de Jayme só realizar
sua primeira substituição a cinco minutos do fim, mesmo com toda a intensidade
da disputa. Psicológica por saber
absorver toda a atmosfera de uma partida decisiva em um Maracanã lotado. Técnica
por ter caprichado nos mais diversos fundamentos – marcação, saída em
contra-ataque, cruzamento, finalização, passe, drible... –, com destaque para o
aniversariante Léo Moura, impecável para roubar bolas, sair para o jogo e fechar
a goleada ao converter o pênalti sofrido por Hernane (Dória foi expulso no
lance).
Sem dúvidas a melhor atuação do Flamengo no ano. Com algumas
pequenas dúvidas, a melhor em anos.
Flamengo: Felipe; Léo Moura (Rafinha), Chicão, Wallace e
André Santos; Elias, Amaral, Luiz Antônio e Paulinho (Bruninho); Carlos Eduardo
(Adryan); Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
Botafogo: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar;
Renato (Lucas Zen) e Marcelo Mattos (Sassá); Seedorf (Dankler), Lodeiro e Gegê;
Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
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