quinta-feira, 24 de outubro de 2013

COPA DO BRASIL 2013 - QUARTAS DE FINAL - FLAMENGO X BOTAFOGO


Flamengo 4 x 0 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Léo Moura esbanja, Paulinho voa, Hernane não perdoa e Flamengo goleia o Botafogo para avançar à fase semifinal da Copa do Brasil.

Até o minuto 11 da etapa final, quando o impossível Hernane foi às redes pela terceira vez no clássico e efusivamente comemorou com o gesto de “acabou”, o confronto entre Flamengo e Botafogo se caracterizava por uma batalha de estilos, com o time da Gávea a demonstrar uma supremacia assustadora sobre o de General Severiano.

Na batalha de estilos, o Flamengo se defendia ferrenhamente e se lançava ao ataque pela esquerda, com a velocidade de Paulinho, que fez os mais antigos reviverem o tempo dos ariscos pontas. O lateral-direito alvinegro Gilberto, sem ninguém para ajudá-lo no seu setor, levou um baile do inspirado Paulinho, e foi por ali que a vitória rubro-negra foi conquistada. Dois cruzamentos do André Santos e um rebote de Jefferson em finalização de Paulinho encontraram Hernane dentro da área, e, sempre com apenas um toque na redonda, o “Brocador” não teve misericórdia e a colocou três vezes no fundo do barbante.

Até o referencial minuto 11 do segundo tempo, o Botafogo se esforçava para tentar ludibriar a retaguarda flamenguista com muita movimentação. Seedorf, Gegê, Lodeiro e Rafael Marques trocavam de posições e buscavam aproximações, porém não mostravam poder ofensivo para transformar as jogadas nascentes em perigo ao goleiro Felipe. “E o que explica o triunfo do estilo flamenguista sobre o botafoguense?”, o amigo leitor pode perguntar.

Pois bem, explica-se pela superioridade física, psicológica e técnica apresentada pelo Fla no confronto. Física a ponto de Jayme só realizar sua primeira substituição a cinco minutos do fim, mesmo com toda a intensidade da disputa.  Psicológica por saber absorver toda a atmosfera de uma partida decisiva em um Maracanã lotado. Técnica por ter caprichado nos mais diversos fundamentos – marcação, saída em contra-ataque, cruzamento, finalização, passe, drible... –, com destaque para o aniversariante Léo Moura, impecável para roubar bolas, sair para o jogo e fechar a goleada ao converter o pênalti sofrido por Hernane (Dória foi expulso no lance).

Sem dúvidas a melhor atuação do Flamengo no ano. Com algumas pequenas dúvidas, a melhor em anos.

Flamengo: Felipe; Léo Moura (Rafinha), Chicão, Wallace e André Santos; Elias, Amaral, Luiz Antônio e Paulinho (Bruninho); Carlos Eduardo (Adryan); Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.


Botafogo: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Renato (Lucas Zen) e Marcelo Mattos (Sassá); Seedorf (Dankler), Lodeiro e Gegê; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

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