Botafogo 3 x 1 Palmeiras – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Botafogo luta até o apito final, marca três vezes, mas sofre
o temido gol fora de casa e é eliminado da Sul-Americana pelo Palmeiras.
Com a necessidade de levantar o véu da noiva para conseguir a
classificação, Oswaldo de Oliveira resolveu apostar no esquema 3-5-2 e escalou o
Botafogo com: Jefferson; Brinner, Antônio Carlos e Fábio Ferreira; Lucas,
Andrezinho, Renato, Seedorf e Lima; Elkeson e Rafael Marques. Repleto de
desfalques, Valdívia e Marcos Assunção eram dois deles, o Palmeiras foi para o
jogo esquematizado pelo Felipão no 3-4-1-2 com: Bruno; Román, Leandro Amaro e
Maurício Ramos; Patrick, João Vítor, Henrique e Juninho; Mazinho, Obina e
Barcos.
Na maior parte da 1ª etapa, o Botafogo ficou encaixotado no
esquema defensivo organizado pelo Felipão e bem desempenhado pelo onze
alviverde. O trio de zagueiros palestrino praticamente não trabalhou, pois a
linha de quatro, postada exatamente a sua frente, bloqueava qualquer tentativa
ofensiva do Fogo, que conseguia apenas trocar passes laterais. E mais, quando o
Alvinegro tinha a chance de alçar a pelota parada na área, Barcos e Obina afastavam
o perigo. Quando o relógio se aproximava do minuto 30, as tramas criativas
deram o ar da graça. Barcos quase marcou um golaço de fora da área, o Fogão
abriu o placar com Seedorf, livre, leve e solto, a completar jogada de
Andrezinho e de um impedido Lucas, Obina levou perigo de bicicleta e, ainda
antes do intervalo, Patrick igualou o escore após receber bola redondinha do categoria
pura Barcos.
Não ocorreu nenhuma alteração no intervalo. De jogadores,
pois a atitude botafoguense foi totalmente diferente, uma atitude digna de quem
precisava de três gols para se classificar. Apesar de a grande maioria de suas
ações ofensivas terminarem com a bola cruzada na área rival, o Fogo conseguiu
dois gols em jogadas mais bem trabalhadas e que encontraram brechas na então sólida
defesa rival. Primeiro com Renato, cheio de classe, depois com Lodeiro, a finalizar
contra-ataque de manual. Entre ambos os gols, Elkeson ainda acertaria, de cuca,
o poste. Com sua vaca a caminho do brejo, o Palmeiras tentou dar o golpe letal
em finalizações de Mazinho e Barcos, porém logo a pressão botafoguense se
retomaria a intensidade. De toda e qualquer maneira o “Glorioso” buscava o heroico
tento, enquanto dez jogadores alviverdes apontavam o nariz para o “Pirata”
Barcos e chutavam a gorducha nesta direção.
Este foi o cenário do embate até o apito final, que chegou
para carimbar o passaporte do Palmeiras para a fase internacional da Copa
Sul-Americana e dar mais um triunfo em mata-mata para o expert Luiz Felipe
Scolari, que entende como poucos do assunto.
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