Há exatas seis décadas, 60
redondos anos, o Fluminense erguia um dos troféus mais importantes de sua
laureada história: a II Copa Rio. Desde os cabeças-duras mais radicais até os
mais conscientes argumentadores, sempre existirá a discussão sobre a Copa Rio
ser sinônimo ou não de Mundial Interclubes, mas dois de agosto não é dia de o
torcedor tricolor se preocupar com debates.
É dia de comemorar um
título conquistado de maneira invicta, diante de adversários do mais elevado
quilate, todos eles então campeão ou vice em seu respectivo país – com exceção do
Corinthians, pela ausência de um torneio de caráter nacional no Brasil. É dia
de aplaudir a classificação na 1ª fase sem sofrer sequer um golzinho, em um
grupo com Sporting (POR), Grasshoppers (SUI) e Peñarol (URU). É dia de se
orgulhar pelo histórico triunfo por três a zero sobre o Peñarol de Ghiggia e
Schiaffino, simplesmente os autores dos gols da vitória uruguaia sobre o Brasil
no trágico jogo derradeiro da Copa do Mundo de 1950, em pleno Maracanã.
É dia de sorrir pela
goleada de 5 a 2 no segundo jogo semi final contra o fortíssimo Áustria Viena
(AUS), que contava com quatro nomes que terminariam a Copa do Mundo de 1954 na
3ª colocação, dentre eles o refinado Ernst Ocwirk. É dia de exalar felicidade
pelo triunfo na decisão diante do Corinthians do goleiro Gimar dos Santos, do
“Pequeno Polegar” Luizinho e do “Gerente” Cláudio, esquadrão Tri Paulista e Tri
do Rio-São Paulo entre 1950 e 1954. É dia de satisfação com o time montado
pelos conceitos táticos do treinador Zezé Moreira, um dos mais relevantes
treinadores do nosso futebol.
É dia de celebrar o
lendário goleiro Castilho, tão bom, mas tão bom, que muitos lhe creditavam
poderes sobrenaturais. Ele sofreria gols em apenas dois dos sete jogos
realizados pelo Flu na Copa Rio. É dia de mostrar alegria pela inesquecível
muralha formada pela dupla Píndaro e Pinheiro. É dia de se emocionar com
Bigode, que ignorou qualquer abalo psicológico pela repetição do duelo do Mundial de 50 com o Ghiggia e marcou o ponta uruguaio com perfeição. É dia de muitos “urras”
para Jair Santana, Édson e Quincas, nomes essenciais na conquista.
É dia de mostrar os dentes
pelos cinco gols do artilheiro Marinho, dois deles contra o Peñarol, cuja
chuteira está banhada em bronze e exposta nas Laranjeiras. É dia de bater
palmas para o também goleador do torneio Orlando Pingo de Ouro, que quando o
Áustria Viena vencia o duelo semi final por 2 a 1, marcou dois gols e virou o
placar para o Flu. É dia de deixar aparente a honra por a camisa tricolor ter
sido vestida por Telê Santana, aquele que nunca parava em campo, o ponteiro dos
segundos, para o cronista Mário Filho. É dia de se gabar pela genialidade do
“Mestre” Didi, um artista de criatividade inigualável. É dia de esbanjar bom
humor por Carlyle, Róbson, Lino, Vilalobos, Nestor e Simões, todos
Campeões da Copa Rio de 1952. Uma glória notável, marcante para o Fluminense Football
Club se tornar o gigante que é hoje em dia.
PARABÉNS, FLUMINENSE!!!
PARABÉNS, TRICOLORES!!!
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