Botafogo 5 x 0 Resende – Estádio da Cidadania, Volta Redonda
(RJ)
Avassalador! Fogão não toma conhecimento do Resende, goleia
por 5 a 0 e pode conquistar o Cariocão já na próxima semana.
Fora Bota, Fla, Flu e Vasco, o Carioca conta com 12 clubes
que não disputam sequer a Série B nacional – sendo que apenas três (Duque de
Caxias, Macaé e Madureira) jogam a Terceirona. Diante deste cenário, os quatro
mais fortes, os favoritos, entram em campo com a obrigação de vencer todas as
partidas que não os clássicos. E para tal, nada melhor do que a estratégia
adotada pelo Fogão na semifinal contra o Resende: começar com tudo, mostrar “quem
é que manda” e fazer o placar o mais cedo possível.
Mesmo com a ausência do meia Marcel, organizador e líder
técnico da equipe, o Resende tinha condições de surpreender. Mais ainda por
entrar em campo com o espírito do “nada a perder”, pois a classificação à fase
semifinal e a campanha que terminou com o mesmo número de pontos que o Vasco já
eram bem melhor que os planos iniciais resendenses. O maior erro que o Botafogo
poderia cometer, mesmo com a vantagem do empate, seria deixar este adversário
gostar do jogo e colocar as manguinhas de fora.
E foi assim que, com apenas 17 minutos, gols de Dória e
Lodeiro, o Fogão já havia encaminhado sua classificação. É verdade que não teve
uma atuação impecável – chegou a cometer um pênalti que poderia complicar um
pouco mais o duelo, caso não fosse desperdiçado pelo Elias, e deu alguns
espaços defensivos que obrigaram Jefferson mostrar seus dotes de goleiro de
Seleção Brasileira. Porém, com 2 a 0 no placar antes mesmo da parada técnica, a
chance de sair de campo derrotado para um adversário que não é da mesma
grandeza é muito pequena. Não é nula, como, por exemplo, o Flamengo mostrou ao
levar uma virada contra o mesmo Resende. Mas é muito pequena.
Depois de deletar o sonho da cabeça dos resendenses, o
Botafogo, já sem a necessidade de jogar no volume máximo, encontrou muito mais facilidade
para fazer valer sua superioridade técnica, tática, física e psicológica.
Fellype Gabriel, ainda na etapa inicial, e Rafael Marques e Seedorf, já no
segundo tempo, transformaram o dois em cinco e decretaram a goleada do Fogão.
O que fica de lição desta grande vitória botafoguense é a
postura que se deve adotar em partidas válidas pelos Estaduais diante de
equipes de porte menor. Nestes jogos, os poderosos não devem deixar uma fase de
estudos se alongar. Devem, sim, entrar em campo com ímpeto e volume de jogo
para decidir o confronto o mais rápido possível. E depois, é claro, não se
esquecer da máxima de que a partida só termina quando o juiz apita.
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