Bolívia 0 x 4 Brasil – Estadio Tahuichi Aguilera de Santa Cruz,
Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
No “Jogo da Paz e Amizade”, Brasil passa fácil pela Bolívia e
conquista sua primeira vitória após o retorno de Felipão.
Antes mesmo das análises táticas e técnicas que envolveram o amistoso,
vale destacar a volta da Seleção Brasileira como protagonista de um jogo cuja
importância social supera a esportiva, o que não ocorria desde o ano de 2004, quando
visitou o Haiti. Desta feita, a missão principal da “Embaixada de Chuteiras”
era demonstrar um sentimento de amizade para com os bolivianos, sentimento este
que foi ferido após o assassinato do garoto Kevin Espada por um sinalizador
disparado pela torcida do Corinthians num duelo deste contra o São José, em Oruro,
há pouco mais de um mês.
O futebol tem uma capacidade enorme de integrar e aproximar,
e talvez nenhum símbolo seja tão adorado no Planeta Bola como a Seleção
Brasileira. Apesar dos problemas em relação à distribuição da renda (família
Espada, jogadores bolivianos Campeões da Copa América de 1963, Federação
Boliviana de Futebol), é bom ver que o futebol brasileiro continua querido e
capaz de promover alegria aos nossos vizinhos. Vamos ao jogo!
Com apenas quatro titulares que fizeram parte do onze inicial
que empatou com a Argentina, pelas Eliminatórias, há menos de duas semanas, a
Bolívia foi para o amistoso montada pelo Xavier Azkargorta no 4-2-3-1 com:
Galarza; Diego Bejarano, Zenteno, Eguino e Marvin Bejarano; Melean e Veizaga;
Arce, Rojas e Campos; Marcelo Moreno. Formada somente por nomes que atuam no “futebol
tupiniquim”, o Brasil foi organizado pelo Luiz Felipe Scolari no 4-2-3-1 com:
Jefferson; Jean, Dedé, Réver e André Santos; Ralf e Paulinho; Jádson,
Ronaldinho e Neymar; Leandro Damião.
Santa Cruz de la Sierra encontra-se a 400 metros acima do
nível do mar, o que significa que o Brasil não precisou se preocupar com a
temida altitude. Assim, desde o início, os “canarinhos” partiram com tudo para
cima da esburacada retaguarda verde e, com apenas três minutos, uma envolvente jogada
iniciada por Ronaldinho, desenvolvida por Jádson e Jean, e finalizada por
Leandro Damião, inaugurou o placar. Minuto
após minuto a Seleção criava oportunidades para ampliar o escore, que iria para
o intervalo apontando 3 a 0: Neymar foi duas vezes às redes.
O Brasil voltou do intervalo com nove jogadores a sonhar com
uma cama confortável e Ralf e Osvaldo na busca por garantir um lugar em futuras
convocações. A Bolívia até tentou se aproveitar da sonolência brasileira, mas
as limitações técnicas e as substituições a granel não a permitiram. Nos
acréscimos, Paulinho, Pato e Osvaldo tramaram ótimo lance que Leandro concluiu
para dar números finais ao amistoso.
No resumo da ópera, Ronaldinho e Neymar construíram a vitória
mesmo sem muito se esforçarem, enquanto Ralf, Leandro Damião e Osvaldo – pela dedicação
e bom futebol – souberam aproveitar a oportunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário