Brasil 2 x 2 Chile – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Seleção faz péssima apresentação, empata com o Chile por 2 a
2 e sai do Mineirão sob sonoras vaias. Além de decepcionado, o torcedor
brasileiro deixou o estádio ou desligou a televisão amedrontado com o futuro
próximo do Escrete.
Para o último amistoso antes da convocação para a Copa das
Confederações, Felipão organizou a Seleção Brasileira no 4-2-3-1 com: Diego
Cavalieri; Jean, Dedé, Réver e André Santos; Ralf e Paulinho; Jádson, Ronaldinho
e Neymar; Leandro Damião. Com apenas quatro nomes que estiveram na vitória por
2 a 0 sobre o Uruguai pelas Eliminatórias, há pouco menos de um mês, o Chile
foi montado pelo Jorge Sampaoli no 3-5-2 com: Herrera; Alvarez, González e
Rojas; Meneses, Leal, Reyes, Cortés e Mena; Vargas e Rubio.
Um olhar na escalação chilena – com cinco nomes que fizeram
parte da ótima Universidad de Chile Campeã Sul-America de 2011, além da
presença de Jorge Sampaoli no banco de reservas – indicava como o time deveria
se portar em campo. Toque de bola qualificado, ataques com profundidade,
marcação adiantada e, principalmente, muita movimentação. Em outras palavras, seria
inocência e falta de conhecimento acreditar que os chilenos apenas se
defenderiam. Mas se o bom futebol de Vargas e companhia não foi surpresa, o
péssimo jogo dos brasileiros foi além das expectativas mais negativas.
Do primeiro ao último minuto, o Chile demonstrou saber o que
fazer em campo. Com e sem a bola. Não se afobou em nenhum momento – apesar de
Leal ter desonrado o nome ao cometer falta duríssima, já no fim da partida – e
não só criou mais oportunidades ofensivas como passou os 90 minutos com as
rédeas da partida nas mãos.
O Brasil, por sua vez, foi de um nervosismo só após sair
atrás no placar – gol do zagueiro González, após falha defensiva em bola alçada
na área –, mostrou uma incapacidade injustificável para ter a redonda nos pés e
só chegou à meta defendida pelo Herrera em lances esporádicos. Os adeptos das notas para os jogadores ao fim das partidas não conseguirão das mais de 5 para nenhum jogador de amarelo.
É verdade o Brasil que acertou a trave com Jádson, empatou com Réver,
de cabeça, perdeu oportunidade claríssima com Neymar e, já no segundo tempo,
virou o escore com o mesmo Neymar, no único momento amarelo de destacada
participação em conjunto. Todos estes lances, porém, ocorreram “de repente”, em
momentos onde o Chile impunha seu padrão e o Brasil “ia lá” de vez em quando.
Os gols brasileiros não amadureceram ao longo da peleja. Eles apenas
aconteceram.
Nem mesmo quando esteve à frente a Seleção conseguiu mudar o
ritmo do confronto. O organizado Chile deu de ombros para a desvantagem, seguiu
seu trabalho e em linda jogada de Vargas igualou tudo. Igualou e buscou a
vitória, numa postura que deixou os torcedores brasileiros ainda mais
decepcionados com a apática e anêmica Seleção Brasileira.
Os gritos de “Olé” para as trocas de passes do Chile e as
vaias para os brasileiros – mais fortes para Neymar, aquele de quem mais se espera ao lado de Ronaldinho, também em noite medíocre mas poupado pela metade alvinegra do estádio – nada mais foram do que a consequência
de uma apresentação horrorosa nos quesitos tático e técnico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário