quinta-feira, 25 de abril de 2013

AMISTOSO INTERNACIONAL - BRASIL X CHILE


Brasil 2 x 2 Chile – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Seleção faz péssima apresentação, empata com o Chile por 2 a 2 e sai do Mineirão sob sonoras vaias. Além de decepcionado, o torcedor brasileiro deixou o estádio ou desligou a televisão amedrontado com o futuro próximo do Escrete.

Para o último amistoso antes da convocação para a Copa das Confederações, Felipão organizou a Seleção Brasileira no 4-2-3-1 com: Diego Cavalieri; Jean, Dedé, Réver e André Santos; Ralf e Paulinho; Jádson, Ronaldinho e Neymar; Leandro Damião. Com apenas quatro nomes que estiveram na vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai pelas Eliminatórias, há pouco menos de um mês, o Chile foi montado pelo Jorge Sampaoli no 3-5-2 com: Herrera; Alvarez, González e Rojas; Meneses, Leal, Reyes, Cortés e Mena; Vargas e Rubio.

Um olhar na escalação chilena – com cinco nomes que fizeram parte da ótima Universidad de Chile Campeã Sul-America de 2011, além da presença de Jorge Sampaoli no banco de reservas – indicava como o time deveria se portar em campo. Toque de bola qualificado, ataques com profundidade, marcação adiantada e, principalmente, muita movimentação. Em outras palavras, seria inocência e falta de conhecimento acreditar que os chilenos apenas se defenderiam. Mas se o bom futebol de Vargas e companhia não foi surpresa, o péssimo jogo dos brasileiros foi além das expectativas mais negativas.

Do primeiro ao último minuto, o Chile demonstrou saber o que fazer em campo. Com e sem a bola. Não se afobou em nenhum momento – apesar de Leal ter desonrado o nome ao cometer falta duríssima, já no fim da partida – e não só criou mais oportunidades ofensivas como passou os 90 minutos com as rédeas da partida nas mãos.

O Brasil, por sua vez, foi de um nervosismo só após sair atrás no placar – gol do zagueiro González, após falha defensiva em bola alçada na área –, mostrou uma incapacidade injustificável para ter a redonda nos pés e só chegou à meta defendida pelo Herrera em lances esporádicos. Os adeptos das notas para os jogadores ao fim das partidas não conseguirão das mais de 5 para nenhum jogador de amarelo.

É verdade o Brasil que acertou a trave com Jádson, empatou com Réver, de cabeça, perdeu oportunidade claríssima com Neymar e, já no segundo tempo, virou o escore com o mesmo Neymar, no único momento amarelo de destacada participação em conjunto. Todos estes lances, porém, ocorreram “de repente”, em momentos onde o Chile impunha seu padrão e o Brasil “ia lá” de vez em quando. Os gols brasileiros não amadureceram ao longo da peleja. Eles apenas aconteceram.

Nem mesmo quando esteve à frente a Seleção conseguiu mudar o ritmo do confronto. O organizado Chile deu de ombros para a desvantagem, seguiu seu trabalho e em linda jogada de Vargas igualou tudo. Igualou e buscou a vitória, numa postura que deixou os torcedores brasileiros ainda mais decepcionados com a apática e anêmica Seleção Brasileira.

Os gritos de “Olé” para as trocas de passes do Chile e as vaias para os brasileiros – mais fortes para Neymar, aquele de quem mais se espera ao lado de Ronaldinho, também em noite medíocre mas poupado pela metade alvinegra do estádio – nada mais foram do que a consequência de uma apresentação horrorosa nos quesitos tático e técnico.

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