Vasco 0 x 3 Botafogo – Estádio da Cidadania, Volta Redonda
(RJ)
Assim como na decisão da Taça Guanabara, Fogão bate o Vasco e
– apesar de os matemáticos ainda não confirmarem – decreta o fim do Carioca
para o Cruz-Maltino.
Para o Vasco, o clássico era de vida ou morte. Era vencer e
ganhar uma sobrevida na Taça Rio ou dar adeus ao Cariocão. Para isso, Paulo
Autuori organizou o time no 4-3-1-2 com: Alessandro; Nei, Dedé, Renato Silva e
Yotún. Sandro Silva, Fellipe Bastos e Wendel; Carlos Alberto; Eder Luis e
Tenório. Sem Seedorf, envolvido em polêmica expulsão no confronto diante do
Madureira, Oswaldo de Oliveira escalou o Botafogo com dois atacantes e montado
no 4-4-2 com: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Gabriel, Marcelo
Mattos, Fellype Gabriel e Lodeiro; Rafael Marques e Bruno Mendes.
O clássico em Volta Redonda foi o espelho fiel da sequência
que Botafogo (quatro vitórias seguidas) e Vasco (há quatro partidas sem sequer
balançar as redes) ostentavam antes do apito inicial. O “Glorioso” é um time
organizado, onde todos os jogadores sabem exatamente o que devem fazer em
campo, e se encontra tecnicamente alguns níveis acima do rival da noite. O
Cruz-Maltino, por sua vez, ainda tem muito a evoluir taticamente sob o comando
de Autuori, e nem mesmo seus nomes de maior qualidade – Dedé, Carlos Alberto,
Eder Luis – vivem uma fase sequer razoável.
Durante o 1º tempo, o gramado encharcado não permitiu a bola
rolar com velocidade e, consequentemente, encurtou o campo e deixou o jogo feio
e cheio de “ões”. Chutões, esbarrões, encontrões, escorregões... Jogadas
trabalhadas? Nenhuma. Nem pelo meio, nem pela direita, nem pela esquerda. Nem
por parte do Vasco, nem por parte do Botafogo, que foi um pouquinho mais
perigoso.
O campo em melhores condições na etapa final permitiu um
futebol mais refinado. Só que apenas pelo lado do Fogão. Com Rafael Marques
aberto pela esquerda, Lodeiro na direita e Fellype Gabriel centralizado, mas
com toda a liberdade que ele tem aproveitado cada dia melhor, o Bota flutuou e
dominou. O momento crucial da peleja foi o primeiro gol botafoguense, aos 7
minutos, através do participativo e “cheio de moral” Rafael Marques. A partir
daí, o Vasco se perdeu por completo e deixou ainda mais em evidência as suas
limitações.
O goleiro Alessandro, que o diga. Primeiro, entregou uma bola
fácil para o dinâmico Lodeiro, aos 12, ampliar o escore. Cinco minutinhos
depois, o arqueiro meteu a mão na bola fora da área e recebeu o cartão vermelho.
O que estava ruim para o Vasco ficaria ainda pior aos 27, quando Fellype
Gabriel, em mais uma ótima jornada, não só fechou o caixão cruz-maltino como
colocou ponto final no Carioca para o clube da Colina, mesmo que os números
ainda digam o contrário.
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