São Paulo 2 x
0 Atlético Mineiro – Morumbi, São Paulo (SP)
Com raça para dar e vender e um Osvaldo endiabrado, São Paulo
passa pelo Atlético Mineiro e avança na Libertadores. Rivais voltarão a se
encontrar nas oitavas.
Em situação no mínimo desconfortável – tinha a obrigação da
vitória e que torcer pelo Arsenal, diante do The Strongest – o São Paulo, desfalcado
de Jádson e Luís Fabiano, foi organizado pelo Ney Franco no 4-2-3-1 com:
Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lúcio, Rafael Tolói e Carleto; Denílson e
Wellington; Douglas, Ganso e Osvaldo; Aloísio. Melhor campanha geral da
Libertadores – façanha conquistada com uma rodada de antecedência – o Atlético
Mineiro, sem Bernard e Diego Tardelli, foi a campo montado pelo Cuca no 4-2-3-1
com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre e
Leandro Donizette; Serginho, Ronaldinho e Luan; Jô.
Determinação, gana, raça, vontade são qualidades valorizadas
(supervalorizadas?) na Libertadores e que os torcedores são-paulinos exigiam
para o decisivo duelo diante do Atlético Mineiro. E ele, o torcedor tricolor,
não pode se queixar do que viu em relação ao suor deixado em campo pelos seus
jogadores, pois disposição não faltou aos comandados de Ney Franco. Na etapa
inicial até faltou inspiração, mas transpiração teve de sobra. E de ambos os
lados. Divididas, trombadas, faltas, discussões... o famoso jogo encardido. Lances
ofensivos dignos de nota apenas alguns avanços do Carleto pela esquerda – que obrigaram
Cuca a inverter as posições de Serginho, melhor marcador, e Marcos Rocha – e
duas faltas perigosas a favor do Galo, já perto do intervalo, nascidas de
marcação pressão.
Se Rogério Ceni e Victor não tiveram suas luvas testadas no
primeiro tempo, melhor para o Atlético, já que o Sampa precisava que precisava
dos três pontos. A história do confronto, no entanto, ganharia um novo rumo
depois do bate-papo no vestiário, quando o São Paulo voltou mais feroz e Osvaldo,
deslocado da esquerda para a direita, começou a se tornar o nome da noite com
um lindo passe para Aloísio sofrer pênalti que seria convertido por Rogério
Ceni. O relógio marcava 10 minutos, e o Atlético Mineiro vivia o seguinte
dilema: mesmo classificado como líder geral, seria válido partir em busca do
empate que evitaria um novo embate contra o São Paulo nas oitavas e colocaria como
seu primeiro oponente no mata-mata o Arsenal, adversário que o Galo já derrotara
por 10 a 4 no somatório dos dois jogos pela fase de grupos?
Bom, o Atlético pensou, pensou, pensou, não tomou nenhuma
atitude e assistiu a um maravilhoso contra-ataque que passou por Lúcio, Ganso,
Osvaldo – como tem jogado bola esse ponta-direita-esquerda! – e terminou em gol
do Ademílson, aos 36. Gol que definiu o primeiro confronto das oitavas da
Libertadores: Atlético Mineiro e São Paulo. Apesar do abismo entre as campanhas
de ambos até o momento, quem seria corajoso de apontar um favorito?
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