Milan atua quase todo o 2º tempo com um homem a mais, cria uma
dezena de oportunidades de gols, mas não consegue reverter o tento marcado pelo
zagueiro Samuel com menos de três minutos e perde o clássico para a
Internazionale. Foi a quarta derrota da Squadra Rossoneri, que, após sete
rodadas e apenas sete pontos conquistados, ocupa a 11ª colocação na tabela.
Os nomes escolhidos pelo treinador Massimiliano Allegri na
composição do seu 4-2-3-1 indicava uma equipe que apostaria na velocidade para
superar os três zagueiros (Juan, Samuele Ranocchia) rivais. Afinal, El
Shaarawy, Boateng, Emanuelson e Bojan estão longe de serem jogadores que primam
pelo jogo cadenciado e de valorização da redonda. Para a sustentação desta estratégia,
que engrenaria por volta da segunda metade do 1º tempo, quando o placar do San
Siro já apontava um a zero para a Internazionale, um nome se mostrou essencial:
Montolivo. Enquanto na Seleção Italiana Vice-Campeã Europeia Montolivo se postava
à frente dos volantes, no Milan ele é um dos volantes, posição que o permite precisos
lançamentos para os seus rápidos companheiros e, principalmente, a chegada para
os arremates longos. Durante todo o “Derby della Madonnina”, foram nada menos
do que quatro tiros certeiros do Montolivo, com um deles a morrer no fundo das
redes e anulado pela arbitragem.
A expulsão do Nagatomo (2 minutos da 2ª etapa) e as entradas
de Robinho no lugar do lateral De Sciglio (19 minutos da 2ª etapa) e de Pazzini
no do até então improdutivo El Shaarawy (25 minutos da 2ª etapa) transformaram
o Milan de um carro turismo em um fórmula 1. Pazzini se tornou o homem de
referência, enquanto Robinho foi ocupar a meia-esquerda e fazer companhia a
Emanuelson, que se posicionava na lateral-esquerda, no ainda 4-2-3-1 rossoneri
(Bojan, no centro, e Boateng, aberto na direita, fechavam o tripé de meio-campo
ao lado do brasileiro). A Internazionale teve que fazer das tripas coração para
segurar os tijolos que o Montolivo soltava de fora da área e os incisivos avanços
pelo flanco esquerdo do Milan. Emanuelson e Robinho infernizaram o sistema
defensivo rival – tanto que o brasileiro foi derrubado na área em pênalti não
marcado – e o gol de empate não surgiu por bobagem.
Faltam nomes com o dom do protagonismo no Milan, não restam
dúvidas. Contudo, e apesar da derrota, o clássico mostrou que Massimiliano
Allegri pode montar uma equipe capaz de partir para o ataque e encurralar grande
parte dos adversários na Serie A Italiana. Até porque muitos destes adversários
entrarão em campo com uma postura recuada diante do Heptacampeão Europeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário