quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 – 31ª RODADA – BOTAFOGO X VASCO


Botafogo 3 x 2 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Bruno Mendes vence duelo com Dedé, dá assistência, vira o clássico que parecia perdido contra o Vasco, faz chover e Fogão se reencontra com a vitória após mais de um mês.

Com Tenório e Alecsandro no departamento médico, Marcelo Oliveira apostou na dupla Felipe/Juninho e em Carlos Alberto na função de “camisa 9”. Assim, o Vasco foi para o clássico montado no 4-3-1-2 com: Fernando Prass; Jonas, Dedé, Douglas e Wendel; Nilton, Fellipe Bastos e Juninho; Felipe; Eder Luis e Carlos Alberto. Pelo lado do Fogão, os desfalques eram Lucas e Andrezinho, enquanto a novidade era a estreia como titular do garoto Bruno Mineiro, no time que foi esquematizado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Jadson, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo; Renato e Gabriel; Elkeson, Seedorf e Fellype Gabriel; Bruno Mendes.  

Um show! Mas de falhas individuais. Como paçocaram os defensores alvinegros, de ambos os lados, no 1º tempo do clássico no Engenhão. Errou mais a retaguarda botafoguense, que permitiu ao centroavante Carlos Alberto nada menos do que cinco (!!!) finalizações à meta defendida pelo Jefferson. Duas delas foram parar no fundo das redes: a primeira, de letra, após Antônio Carlos chegar atrasado, e a segunda, depois de Dória errar a saída de bola e perder uma dividida para o Felipe no mesmo lance. Mas as trapalhadas não foram exclusividade do Bota. Dedé – até ele! – esteve irreconhecível e foi facilmente envolvido pelo Bruno Mendes na jogada que originou o gol do Elkeson. Era o gol de empate, mas veia a já citada bobeada do menino Dória e a partida foi para o intervalo com o Vasco em vantagem.

A 2ª etapa teve um ar professoral e ensinou duas lições. O Vasco ficou com a mais dura, com aquela que diz que um time sofre dolorosas consequências quando não define um clássico que tem em suas mãos. Por mais de 20 minutos, o Cruz-Maltino se viu diante de um adversário que oferecia todos os espaços do mundo para o contra-ataque e não soube aproveitar, principalmente porque o rápido Eder Luís não é letal. Já a aula lecionada para o Fogão foi mais saborosa. Ela mostrou a importância de ter no elenco um jogador que conheça o papel – a profissão, como dizia o folclórico Dadá Maravilha – de centroavante. O Bota parecia que iria terminar o Brasileirão sem um destes, mas o golaço do Bruno Mendes que empatou o duelo contra o Grêmio, no Olímpico, no apagar das luzes, fez nascer uma esperança.

Esperança que agora é ainda mais verde, pois Bruno Mendes não só igualou o escore após de Gabriel usar todo o espaço que o Vasco deixou em seu lado esquerdo, como o virou com um chute certeiro, flecha de Guilherme Tell, já nos acréscimos. Depois de 39 dias, o Fogão ganhou. Depois de meses, parece ter encontrado a peça que faltava do quebra-cabeça.  

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