Botafogo 3 x 2 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Bruno Mendes vence duelo com Dedé, dá assistência, vira o
clássico que parecia perdido contra o Vasco, faz chover e Fogão se reencontra
com a vitória após mais de um mês.
Com Tenório e Alecsandro no departamento médico, Marcelo
Oliveira apostou na dupla Felipe/Juninho e em Carlos Alberto na função de “camisa
9”. Assim, o Vasco foi para o clássico montado no 4-3-1-2 com: Fernando Prass;
Jonas, Dedé, Douglas e Wendel; Nilton, Fellipe Bastos e Juninho; Felipe; Eder
Luis e Carlos Alberto. Pelo lado do Fogão, os desfalques eram Lucas e
Andrezinho, enquanto a novidade era a estreia como titular do garoto Bruno
Mineiro, no time que foi esquematizado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com:
Jefferson; Jadson, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo; Renato e Gabriel;
Elkeson, Seedorf e Fellype Gabriel; Bruno Mendes.
Um show! Mas de falhas individuais. Como paçocaram os
defensores alvinegros, de ambos os lados, no 1º tempo do clássico no Engenhão.
Errou mais a retaguarda botafoguense, que permitiu ao centroavante Carlos
Alberto nada menos do que cinco (!!!) finalizações à meta defendida pelo
Jefferson. Duas delas foram parar no fundo das redes: a primeira, de letra,
após Antônio Carlos chegar atrasado, e a segunda, depois de Dória errar a saída
de bola e perder uma dividida para o Felipe no mesmo lance. Mas as trapalhadas
não foram exclusividade do Bota. Dedé – até ele! – esteve irreconhecível e foi
facilmente envolvido pelo Bruno Mendes na jogada que originou o gol do Elkeson.
Era o gol de empate, mas veia a já citada bobeada do menino Dória e a partida
foi para o intervalo com o Vasco em vantagem.
A 2ª etapa teve um ar professoral e ensinou duas lições. O
Vasco ficou com a mais dura, com aquela que diz que um time sofre dolorosas consequências
quando não define um clássico que tem em suas mãos. Por mais de 20 minutos, o
Cruz-Maltino se viu diante de um adversário que oferecia todos os espaços do
mundo para o contra-ataque e não soube aproveitar, principalmente porque o
rápido Eder Luís não é letal. Já a aula lecionada para o Fogão foi mais
saborosa. Ela mostrou a importância de ter no elenco um jogador que conheça o
papel – a profissão, como dizia o folclórico Dadá Maravilha – de centroavante.
O Bota parecia que iria terminar o Brasileirão sem um destes, mas o golaço do
Bruno Mendes que empatou o duelo contra o Grêmio, no Olímpico, no apagar das
luzes, fez nascer uma esperança.
Esperança que agora é ainda mais verde, pois Bruno Mendes não
só igualou o escore após de Gabriel usar todo o espaço que o Vasco deixou em
seu lado esquerdo, como o virou com um chute certeiro, flecha de Guilherme
Tell, já nos acréscimos. Depois de 39 dias, o Fogão ganhou. Depois de meses,
parece ter encontrado a peça que faltava do quebra-cabeça.
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