Vasco 0 x 2 São Paulo – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Rogério Ceni tem atuação histórica, Osvaldo joga uma
barbaridade e São Paulo bate Vasco em pleno São Januário. A briga pela vaga na
Libertadores nunca esteve tão quente neste Brasileirão.
Ainda na tentativa de suprir a saída do Diego Souza, que já
faz um bom tempo, Marcelo Oliveira confiou desta vez no garoto Marlone e mandou
o Vasco a campo no 4-3-3 com: Fernando Prass; Jonas, Renato Silva, Rodolfo e
Thiago Feltri; Nilton, Juninho Pernambucano e Wendel; Eder Luis, Marlone e
Alecsandro. Sem o arisco Lucas, que serve a Seleção Brasileira, assim como o
zagueiro vascaíno Dedé, Ney Franco montou o São Paulo no “esquema da moda”
4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Denílson
e Wellington, Douglas, Jadson e Osvaldo; Luís Fabiano.
Para não dizer que o Vasco sequer viu a cor da bola durante
os primeiros 45 minutos, o centroavante Alecsandro fez duas boas jogadas de
pivô que Eder Luís não soube aproveitar. Fora isso, o São Paulo mandou prender
e soltar no 1º tempo. Protegida, muito bem, por Wellington e Denílson, a defesa
tricolor anulou o ataque cruz-maltino, carente de inspiração. Em termos
ofensivos, ora a valorizar a posse de bola, ora a apostar nos contra-golpes, o
Tricolor não só foi às redes com sempre letal Luís Fabiano – em gol à la
primórdios do futebol, quando o center-forward
rompia por entre os defensores – como
teve uma bola parada com o Rogério Ceni e mais duas chegadas contundentes com o
Osvaldo. Osvaldo que, por sinal, foi o mesmo terror de sua melhor época de
Ceará e arrepiou a retaguarda carioca.
Logo nos primeiros movimentos pós-intervalo, o encapetado
Osvaldo deu um nó daqueles de marinheiro no Auremir, que entrara havia
segundos, e assinou um Golaço, assim mesmo, com “G” maiúsculo. Com dois de
desvantagem, o Vasco teve um estalo e começou a buscar o ataque com mais
intensidade, principalmente depois da entrada do Felipe, aos 13 minutos. Teve
arremate longo do Juninho, cabeçada do Alecsandro, chute de dentro da área do
Marlone... todas estas finalizações, porém, tiveram o mesmo destino: as mãos
únicas e abençoadas de Rogério Ceni. E o ídolo são-paulino ainda guardou sua
defesa mais sensacional para o minuto 41, após novo chute do Juninho, que saiu
cuspindo abelhas africanas, revoltado com o quilate arqueiro. Neste período, contudo,
já era o Sampa quem mais se encontrava perto do gol, através dos contra-ataques
do impossível Osvaldo.
Desde a rodada de abertura do Brasileirão no G4, o Vasco vê
sua vaga na próxima Libertadores ameaçada como ainda não havia visto. Não só
pelo crescimento do São Paulo, mas também porque o Internacional sapecou três a
zero no Atlético Mineiro. Os próximos meses serão adrenalina pura.
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