Fluminense 1 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro
Diego Cavalieri e Fred voltam a mostrar porque são, atualmente, os melhores do país em suas posições e Fluzão passa pelo Botafogo num jogo de
tensão palpável. Numa rodada onde todos os postulantes ao título venceram, os
três pontos tricolores ganham ainda mais importância.
Para o segundo clássico em menos de uma semana, Abel Braga
decidiu por repetir o onze que vencera o Fla-Flu no último domingo e organizou
o Fluminense no 4-3-3 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e Carlinhos;
Edinho, Jean e Deco; Wellington Nem, Thiago Neves e Fred. Numa proposta tática
surpreendente e que precisa de mais tempo e treino para ganhar corpo, Oswaldo de
Oliveira posicionou Seedorf como homem mais adiantado e montou o Botafogo no
4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Fábio Ferreira, Dória e Márcio Azevedo; Jadson e
Gabriel; Elkeson, Andrezinho e Fellype Gabriel; Seedorf.
Se o ditado diz que os jogadores deveriam disputar a bola
como se fosse um prato de comida, os botafoguenses passaram o 1º tempo a brigar
pela redonda como se esta fosse um rodízio de carnes e massas. Firmeza e pressão
foram as palavras de ordem no Fogão, com Seedorf de comadante na marcação no campo de ataque. Além de mais
enérgico do que o Fluminense, o Bota também foi mais perigoso em
termos ofensivos. Sempre pelo lado direito, ora com Lucas, ora com Elkeson, os
alvinegros criaram chances que, se não foram suficientes para levantar o véu da noiva,
transformaram Cavalieri no melhor homem da etapa inicial. Pelo outro lado,
Jefferson foi um espectador dentro das quatro linhas, tamanha a falta de encaixe
do ataque das Laranjeiras.
O cenário pós-intervalo não se mostrava muito animador para a
torcida tricolor, com o Flu todo concentrado em afastar o Botafogo de seu campo.
Porém, quem acompanha o Fluminense no Brasileirão sabe que, pelo quilate de
seus nomes, a equipe não precisa de muito tempo para decidir um confronto, por
mais difícil que este seja. Assim, no intervalo entre os minutos 25 e 35, o “Clube
tantas vezes Campeão” obrigou Jefferson a uma defesa de puro reflexo, em cabeçada
do Digão, abriu o placar em um nobre gol do impossível Fred, após tabelinha com
Nem, e por pouco não ampliou a vantagem em duas jogadas do Marcos Junior. Nos
minutos derradeiros, o Fogo continuou na busca pelo tento, que insistiu – e insistiria
até o apito final – em não nascer, enquanto, nas arquibancadas, os gritos tricolores
de “Guerreiros!” se misturavam aos de “Seremos Campeões!”.
Para espelhar a importância de arqueiros e artilheiros, Dadá
Maravilha dizia que “um time de futebol tinha nove posições e duas profissões: o goleiro e o centroavante”. Folclore à parte, o que Cavalieri e
Fred fazem, rodada após rodada, é assustador.
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