quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 - 31ª RODADA - FLUMINENSE X GRÊMIO


Fluminense 2 x 2 Grêmio – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Emoção do primeiro ao último trilar do apito. Em jogo de arrepiar e cheio de alternâncias, Fluzão empata com Grêmio e conta com mais uma obra de arte esculpida por Neymar, desta vez contra o Atlético Mineiro, para manter a vantagem na liderança.

Sem os fundamentais Wellington Nem e Thiago Neves – no banco após voltar de viagem com a Seleção –, Abel Braga organizou o Fluminense para enfrentar um dos seus dois únicos algozes no torneio no 4-3-1-2 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Wagner; Rafael Sóbis e Fred. Com o retorno de quase meio time que esteve ausente do seu último compromisso, o Grêmio foi para aquele que poderia chamar de jogo do ano esquematizado no 4-2-2-2 com: Marcelo Grohe; Pará, Werley, Gilberto Silva e Anderson Pico; Marco Antônio e Fernando; Elano e Zé Roberto; Leandro e Kléber.

Rock progressivo em sua essência. Este foi o estilo musical do agitado duelo de tricolores no Engenhão, que apresentou, dentro de seus 90 minutos, diferentes cenários. O primeiro destes cenários durou por quase todo a 1º tempo, onde o Fluminense apostou – e não foi bem sucedido, muito pelas ausências da velocidade de Nem e Thiago Neves – nos contra-ataques. Pelo lado gaúcho, o Grêmio mesclou a tranquilidade para não deixar o Flu se empolgar com o apoio da torcida com a agressividade para criar boas oportunidades de gols. Na melhor delas, Anderson Pico cruzou, Diego Cavalieri bobeou e a pelota beijou o travessão.

Logo nos primeiros minutos pós-intervalo, a meta do Cavalieri, que não foi vazada numa finalização à queima roupa do zagueiro Werley, seria em carinhosa cobrança de falta do Elano por baixo da barreira. Muito do 1 a 0 no placar devia-se a experiência de jogadores como Gilberto Silva, Elano e Zé Roberto, que não deixava o Flu se sentir a vontade em campo. Porém, em questão de minutos, a calma gremista daria lugar ao mais puro desespero. Coisas do psicológico. Num piscar de olhos, Digão empatou de cabeça, Rafael Sóbis virou em foguete de fora da área e Marcelo Moreno, menos de um mísero minuto após entrar em campo, recebeu o cartão vermelho por cotovelada. Aí... mais uma mudança de panorama!

Com meia hora pela frente e um homem a menos, o Grêmio justificou toda a fama de nunca jogar a toalha e se manteve a lutar. Deixou espaços, como o que Fred não aproveitou para marcar seu 100º gol pelo Flu, mas viu sua força de vontade dar resultado aos 41, quando Zé Roberto completou rebote de chute astronômico do Léo Gago. O jogão que todos esperavam ao longo da semana conseguiu ser ainda melhor que a encomenda. 

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