Fluminense 2 x 2 Grêmio – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Emoção do primeiro ao último trilar do apito. Em jogo de
arrepiar e cheio de alternâncias, Fluzão empata com Grêmio e conta com mais uma
obra de arte esculpida por Neymar, desta vez contra o Atlético Mineiro, para
manter a vantagem na liderança.
Sem os fundamentais Wellington Nem e Thiago Neves – no banco
após voltar de viagem com a Seleção –, Abel Braga organizou o Fluminense para
enfrentar um dos seus dois únicos algozes no torneio no 4-3-1-2 com: Diego
Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Wagner; Rafael
Sóbis e Fred. Com o retorno de quase meio time que esteve ausente do seu último
compromisso, o Grêmio foi para aquele que poderia chamar de jogo do ano esquematizado
no 4-2-2-2 com: Marcelo Grohe; Pará, Werley, Gilberto Silva e Anderson Pico; Marco
Antônio e Fernando; Elano e Zé Roberto; Leandro e Kléber.
Rock progressivo em sua essência. Este foi o estilo musical
do agitado duelo de tricolores no Engenhão, que apresentou, dentro de seus 90
minutos, diferentes cenários. O primeiro destes cenários durou por quase todo a
1º tempo, onde o Fluminense apostou – e não foi bem sucedido, muito pelas
ausências da velocidade de Nem e Thiago Neves – nos contra-ataques. Pelo lado
gaúcho, o Grêmio mesclou a tranquilidade para não deixar o Flu se empolgar com
o apoio da torcida com a agressividade para criar boas oportunidades de gols.
Na melhor delas, Anderson Pico cruzou, Diego Cavalieri bobeou e a pelota beijou
o travessão.
Logo nos primeiros minutos pós-intervalo, a meta do Cavalieri,
que não foi vazada numa finalização à queima roupa do zagueiro Werley, seria em
carinhosa cobrança de falta do Elano por baixo da barreira. Muito do 1 a 0 no
placar devia-se a experiência de jogadores como Gilberto Silva, Elano e Zé
Roberto, que não deixava o Flu se sentir a vontade em campo. Porém, em questão
de minutos, a calma gremista daria lugar ao mais puro desespero. Coisas do
psicológico. Num piscar de olhos, Digão empatou de cabeça, Rafael Sóbis virou
em foguete de fora da área e Marcelo Moreno, menos de um mísero minuto após
entrar em campo, recebeu o cartão vermelho por cotovelada. Aí... mais uma
mudança de panorama!
Com meia hora pela frente e um homem a menos, o Grêmio
justificou toda a fama de nunca jogar a toalha e se manteve a lutar. Deixou
espaços, como o que Fred não aproveitou para marcar seu 100º gol pelo Flu, mas
viu sua força de vontade dar resultado aos 41, quando Zé Roberto completou rebote
de chute astronômico do Léo Gago. O jogão que todos esperavam ao longo da
semana conseguiu ser ainda melhor que a encomenda.
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