Schalke 04 ignora pressão da “Muralha Amarela” no Westfalenstadion
e vence o “Clássico do
Vale do Ruhr” com gols de Afellay e Hölger – Lewandowski descontou para o
Borussia Dortmund. Com o triunfo, os “Azuis Reais” seguem na 3ª colocação da
Bundesliga, atrás do Bayern de Munique, com oito vitórias em oito jogos, e do
surpreendente Eintracht Frankfurt.
A solidez tática do Schalke durante todos os segundos dos 90
minutos do clássico foi o ponto forte do time de Gelsenkirchen. Organizados num
consistente 4-4-1-1, os comandados do holandês Huub Stevens tinham a total
compreensão do papel que deveriam desempenhar em campo, enquanto, pelo outro
lado, o Borussia, com uma penca de desfalques, dentre eles o meia Götze, foi
pura confusão. Confusão que começou com três zagueiros, passou para quatro, mas
com o incisivo lateral-direito Piszczek a jogar pela esquerda, e terminou –
vejam o desespero! – com o zagueiro brasileiro Felipe Santana de centroavante,
para tentar algo nas bolas aéreas.
Falemos mais do Schalke 04. Defensivamente, a dupla de zaga Höwedes
e Matip tomou conta dos avantes rivais, apesar da falha do camaronês Matip no
gol de cabeça do Lewandowski, originado em bola parada. Mas vale ressaltar que
muito do bom trabalho da dupla deveu-se a constante ocupação de espaços dos
laterais e volantes, que não deixaram sequer um buraquinho na retaguarda. Foram
raras as situações de mano a mano enfrentadas por Höwedes e Matip.
Já lá na frente, os azuis conseguiram levar perigo à meta
defendida por Weidenfeller de quase todas as maneiras. Pela direita com o
Farfán, autor da assistência para Afellay fazer um a zero; pela esquerda com o próprio Afellay e o
lateral Fuchs; pela meiúca, como na linda jogada entre Holtby e Höger que
ampliou o placar; com bolas cruzadas na “zona do agrião”; em contra-ataques velozes que por muito pouco
não viraram bola na rede, depois que o Borussia diminuiu e se mandou em busca
do empate.
Com cada jogador a cumprir minuciosamente o sua missão e
conhecedor de sua função tática, o Schalke foi soberano no clássico e não deu
vez ao afobado Borussia Dortmund. Através do esforço e consciência de seus
jogadores, Huub Stevens deu um nó tático daqueles de marinheiro no Jürgen
Kloop.
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