sábado, 20 de outubro de 2012

OLHO TÁTICO- BUNDESLIGA 2012/2013 - 8ª RODADA - SCHALKE 04
















Schalke 04 ignora pressão da “Muralha Amarela” no Westfalenstadion e vence o “Clássico do Vale do Ruhr” com gols de Afellay e Hölger – Lewandowski descontou para o Borussia Dortmund. Com o triunfo, os “Azuis Reais” seguem na 3ª colocação da Bundesliga, atrás do Bayern de Munique, com oito vitórias em oito jogos, e do surpreendente Eintracht Frankfurt.

A solidez tática do Schalke durante todos os segundos dos 90 minutos do clássico foi o ponto forte do time de Gelsenkirchen. Organizados num consistente 4-4-1-1, os comandados do holandês Huub Stevens tinham a total compreensão do papel que deveriam desempenhar em campo, enquanto, pelo outro lado, o Borussia, com uma penca de desfalques, dentre eles o meia Götze, foi pura confusão. Confusão que começou com três zagueiros, passou para quatro, mas com o incisivo lateral-direito Piszczek a jogar pela esquerda, e terminou – vejam o desespero! – com o zagueiro brasileiro Felipe Santana de centroavante, para tentar algo nas bolas aéreas.

Falemos mais do Schalke 04. Defensivamente, a dupla de zaga Höwedes e Matip tomou conta dos avantes rivais, apesar da falha do camaronês Matip no gol de cabeça do Lewandowski, originado em bola parada. Mas vale ressaltar que muito do bom trabalho da dupla deveu-se a constante ocupação de espaços dos laterais e volantes, que não deixaram sequer um buraquinho na retaguarda. Foram raras as situações de mano a mano enfrentadas por Höwedes e Matip.

Já lá na frente, os azuis conseguiram levar perigo à meta defendida por Weidenfeller de quase todas as maneiras. Pela direita com o Farfán, autor da assistência para Afellay fazer um a zero;  pela esquerda com o próprio Afellay e o lateral Fuchs; pela meiúca, como na linda jogada entre Holtby e Höger que ampliou o placar; com bolas cruzadas na “zona do agrião”;  em contra-ataques velozes que por muito pouco não viraram bola na rede, depois que o Borussia diminuiu e se mandou em busca do empate.

Com cada jogador a cumprir minuciosamente o sua missão e conhecedor de sua função tática, o Schalke foi soberano no clássico e não deu vez ao afobado Borussia Dortmund. Através do esforço e consciência de seus jogadores, Huub Stevens deu um nó tático daqueles de marinheiro no Jürgen Kloop.

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