Muita rivalidade, técnica apurada, vontade, erros de
arbitragem e um prato cheio para análises táticas. Assim foi o disputado
confronto entre Manchester United e Chelsea que terminou com uma vitória dos “Red
Devils” no Stamford Bridge que não ocorria há dez anos. Findada a 9ª rodada, o
Chelsea permanece na liderança da Premier League com 22 pontos, seguido, muito
de perto, pela dupla da cidade de Manchester – United e City – ambos com 21.
Sempre com dez homens atrás da linha da bola – a exceção era
o centroavante van Persie – o Manchester United armou, durante pouco mais de 20
minutos, um esquema intransponível e ao mesmo tempo letal. Enquanto o Chelsea
sofria para encontrar centímetros vazios no campo de defesa vermelho, o United
precisou apenas de dois potentes ataques para, em 12 minutos, colocar 2 a 0 no
placar, gol contra de David Luiz após finalização de van Persie na trave e
outro do próprio holandês. Como prova de que o comprometimento defensivo do time comandado por Alex Ferguson não o impedia de se lançar para frente, o primeiro tento teve início
em jogada de Ashley Young e Rooney, enquanto o segundo dos pés de Rafael e
Valencia.
Contudo, existe uma linha tênue entre uma postura defensiva
sólida com rápidas saídas na busca pelo gol e outra onde o recuou excessivo
permite ao rival ganhar volume de jogo e criar chances em sequência. Para os
que acompanham o Brasileirão, é o que tem ocorrido constantemente com o
Fluminense, cuja estratégia de segurar a vantagem não tem dado sossego ao Diego
Cavalieri. Assim, num piscar de olhos, o United encontrava o Chelsea todo em seu campo,
não tinha ideia de como parar o trio Mata/Oscar/Hazard e via o goleiro De
Gea realizar defesas milagrosas. Defesas estas que não foram suficientes para
impedir o empate azul – gol de falta do Mata (43 minutos do 1º tempo) e de
cabeça do Ramires após assistência do Oscar (7 minutos do 2º tempo).
Após o gol de empate nascido de pés e cabeça brazucas, o
cenário era o de um Chelsea prontinho para a virada. Aí, uma escapada do Ashley
Young terminou em expulsão do Ivanovic e uma interpretação de simulação do
Fernando Torres pelo árbitro deixou o Chelsea com nove em campo. Faltavam pouco
mais de 20 minutos e, já com Chicharito ao lado de van Persie e Giggs como
volante para qualificar o passe (Rooney e Cleverley foram os que saíram), os “Red
Devils” se lançaram com tudo em busca da vitória, que veio em gol impedido do
Chicharito, aos 29 minutos.
E quem poderia apostar que uns dias depois teríamos um novo confronto entre estes dois times tão espetacular!
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