quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SÓ ACREDITARIA VENDO. E VI.


Faltavam poucos minutos para o Superclássico das Américas, a Copa Roca do século XXI, ter seu jogo de volta cancelado. O refletor central do estádio Centenario, na cidade de Resistencia, insistia em não acender. Enquadrado na televisão estava o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, a comentar sobre o atraso do duelo entre brasileiros e argentinos que já se alongava por mais de meia hora. Foi neste exato momento que o ex-presidente do Corinthians se esqueceu de seguir a risca o batido conselho de pensar duas vezes antes de falar, e, ao vivo e em cores, filosofou: “Tudo que envolve política e futebol dá esses problemas”.

Sim, amigos, ao vivo. Para todo mundo ver e ouvir, Andrés Sanchez criticou a mistura de política e futebol. O mesmo homem que conseguiu tirar do papel um estádio para o seu Corinthians com incontáveis cifrões de investimento público. O mesmo homem que hoje exerce um cargo relevante na CBF, local onde politicagem é palavra de ordem. O mesmo homem que – segundo o sempre bem informado jornalista Juca Kfouri – tem sua permanência na própria CBF bancada pelo ex-Presidente da República Lula, motivo pelo qual ele, Andrés, fornece apoio ao PT na campanha da prefeitura paulistana. Andrés Sanchez perdeu uma gigantesca oportunidade de ficar calado.

Em tempo: Jorge Capitanich, Governador da província de Chaco, onde se encontra Resistencia, é um fortíssimo aliado político da Presidenta Argentina, Cristina Kirchner. Ainda em tempo: O Estádio Nacional de Brasília, antigo Mané Garrincha, receberá sete jogos da Copa do Mundo de 2014. Mesmo número do Maracanã. 

Um comentário:

  1. Meus parabéns pela crítica, meteu o dedo bem na ferida!

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