Faltavam poucos minutos para o Superclássico das Américas, a
Copa Roca do século XXI, ter seu jogo de volta cancelado. O refletor central do
estádio Centenario, na cidade de Resistencia, insistia em não acender.
Enquadrado na televisão estava o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, a
comentar sobre o atraso do duelo entre brasileiros e argentinos que já se alongava por mais de meia hora. Foi neste
exato momento que o ex-presidente do Corinthians se esqueceu de seguir a risca
o batido conselho de pensar duas vezes antes de falar, e, ao vivo e em cores,
filosofou: “Tudo que envolve política e futebol dá esses problemas”.
Sim, amigos, ao vivo. Para todo mundo ver e ouvir, Andrés Sanchez
criticou a mistura de política e futebol. O mesmo homem que conseguiu tirar do
papel um estádio para o seu Corinthians com incontáveis cifrões de investimento
público. O mesmo homem que hoje exerce um cargo relevante na CBF, local onde
politicagem é palavra de ordem. O mesmo homem que – segundo o sempre bem
informado jornalista Juca Kfouri – tem sua permanência na própria CBF bancada
pelo ex-Presidente da República Lula, motivo pelo qual ele, Andrés, fornece apoio
ao PT na campanha da prefeitura paulistana. Andrés Sanchez perdeu uma
gigantesca oportunidade de ficar calado.
Em tempo: Jorge Capitanich, Governador da província de Chaco, onde se
encontra Resistencia, é um fortíssimo aliado político da Presidenta Argentina,
Cristina Kirchner. Ainda em tempo: O Estádio Nacional de Brasília, antigo Mané
Garrincha, receberá sete jogos da Copa do Mundo de 2014. Mesmo número do Maracanã.
Meus parabéns pela crítica, meteu o dedo bem na ferida!
ResponderExcluir