Botafogo 1 x 1 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Bota e Fla fazem jogo com muitas chances de gols
desperdiçadas e empatam em 1 a 1 na ida da fase quartas de final da Copa do
Brasil.
Para tentar aliviar o abatimento pelas duas derrotas seguidas
no Brasileirão, o Botafogo entrou em campo escalado pelo Oswaldo de Oliveira no
4-2-3-1 com: Jefferson; Edilson, Dankler, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos e
Gabriel; Hyuri, Seedorf e Lodeiro; Rafael Marques. Com campanha horripilante
nos pontos corridos e todas as fichas apostadas no mata-mata, o Flamengo foi
organizado pelo Jayme de Almeida no 4-3-2-1 com: Felipe; Léo Moura, Wallace,
Samir e João Paulo; Amaral, Luiz Antônio e André Santos; Paulinho e Carlos
Eduardo; Hernane.
O confronto entre alvinegros e rubro-negros no Maracanã teve
não duas, mas três caras diferentes. Um verdadeiro jogo-camaleão. Com apenas um
minutinho do primeiro tempo, Hernane arriscou um perigoso chute de fora da área
e deu início a uma sucessão de oportunidades que o Flamengo criaria em toda a
etapa. Diante de um Botafogo inofensivo e esburacado, Luiz Antônio fez tudo o
que se esperaria do suspenso Elias, caso este estivesse em campo, e comandou um
time que ainda contou com um futebol surpreendentemente produtivo, pelos
flancos e pelo meio, de Carlos Eduardo e Paulinho. O Fla abriu o placar em circense
assistência de Paulinho para cabeçada de André Santos, aos 11, e poderia tê-lo
ampliado tivesse mais poder de finalização ou Jefferson não realizado uma defesa daquelas que mostra o porquê de ser considerado por muitos o melhor goleiro do país na atualidade.
A sensação com o caminhar da segunda etapa era a de que
Oswaldo de Oliveira tinha aproveitado os minutos do intervalo para desfibrilar
seus jogadores – menos Seedorf, que faria uma metade final tão apagada quanto a
inicial. A apatia alvinegra se converteu em impetuosidade de Hyuri,
movimentação e sede de gol de Rafael Marques e confiança de Edilson, que se
lançou ao ataque para bater cruzado e, após desvio em Samir, igualar o escore,
aos 11. Escore que só não foi virado pois, assim como o Fla pecara no primeiro
tempo, o Bota desperdiçou seguidas chances, a mais clara delas após uma linda
tabelinha entre Lodeiro e Rafael Marques. A pressão alvinegra durou até o minuto 20. A
partir daí, a partida mostraria sua terceira face. Uma face onde tanto o clube
da Gávea como o de General Severiano adotaram a cautela e deixaram transparente
a satisfação com o empate.
Ficou tudo para o jogo da volta, que, por causa da “ideia europeia”
de alongar o calendário da Copa do Brasil, será somente daqui a um mês, o que
torna qualquer previsão um tiro no escuro.
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