sábado, 14 de setembro de 2013

JOGOS INESQUECÍVEIS DO BRASILEIRÃO - SÃO PAULO X VASCO - 1989

São Paulo 0 x 1 Vasco 

Campeonato Brasileiro de 1989 – Final

Morumbi, São Paulo (SP)

Público: 71.552

Vasco: Acácio; Luís Carlos Winck, Marco Aurélio, Quinoñez e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro e Bismark; William, Bebeto e Sorato. Técnico: Nelsinho Rosa.

São Paulo: Gilmar; Neto, Adilson, Ricardo Rocha e Nelsinho; Flávio, Bobô e Raí; Mário Tilico, Nei e Edivaldo. Técnico: Carlos Alberto Silva.

Gol: Sorato (Vasco), aos 5’ do 2º tempo.

Se tem uma palavra que define o Brasileirão de 1989 esta é “equilíbrio”. Os finalistas, Vasco e São Paulo, por exemplo, só se garantiram na decisão após vitórias como visitantes na última rodada da fase classificatória, contra Internacional e Portuguesa, respectivamente. E para se consagrarem campeões, cruz-maltinos e tricolores precisariam suar ainda mais as camisas no Morumbi, no dia 16 de dezembro de 1989. Os mais de 70 mil presentes ao estádio naquele sábado presenciaram um jogão de bola, recheado de tensão, emoção e grandes craques. Formado por um projeto ambicioso de sua diretoria, que sonhava com o Mundial Interclubes – nas palavras do então dirigente Eurico Miranda –, o time do Vasco contava com Acácio, Luís Carlos Winck, Mazinho, Boiadeiro, Tita (que, contundido, não jogaria a final) e Bebeto, além dos garotos Bismarck e Sorato. Um timaço, assim como o São Paulo de Gilmar Rinaldi, Ricardo Rocha (que receberia o prêmio Bola de Ouro, da revista Placar, como melhor jogador do torneio) e dos meias Bobô e Raí. O Gigante da Colina tinha a vantagem do empate, mas nem mesmo após o gol de cabeça de Sorato, aos 5 minutos da segunda etapa, o torcedor cruz-maltino conseguiu soltar a respiração, parar de roer as unhas e gritar “É campeão”. O São Paulo ainda tinha tempo e forças para buscar a virada. Esta, porém, não viria graças, em grande parte, a defesas milagrosas do goleiro Acácio, que endereçaram de vez o caneco para São Januário.


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