Cruzeiro 5 x 3 Vasco – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Em jogo de muitos gols e alguns golaços, Cruzeiro leva a
melhor sobre o Vasco e abre três pontos de vantagem na liderança.
Cem por cento concentrado no Brasileiro após a eliminação na
Copa do Brasil, o Cruzeiro entrou em campo organizado pelo Marcelo Oliveira no
4-2-3-1 com: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Lucas Silva e
Henrique; Éverton Ribeiro, Julio Baptista e Willian; Ricardo Goulart. Garantido
na fase quartas de final da Copa do Brasil e em busca de ascensão nos pontos
corridos, o Vasco foi montado pelo Dorival Júnior no 4-3-2-1 com: Diogo Silva;
Fagner, Cris, Rafael Vaz e Yotún; Abuda, Juninho Pernambucano e Wendel; Willie
e Marlone; André.
Um gol do cruzeirense Willian originado em cobrança de
lateral – o que envergonha sistemas defensivos até de categorias infantis – colocou
fim à fase de estudos e fez um a zero para a Raposa logo aos 32 segundos. Era o
Cruzeiro mostrando a força de seu poderoso ataque, agora com mais de cem gols
no ano. Mas o Vasco não se abateu diante da avalanche ofensiva e aceitou a
proposta de fazer um jogo nos moldes “jogar e deixar jogar”. Como ambas as
retaguardas estão longe de confiáveis – principalmente a vascaína, a pior do
campeonato em números – o confronto se tornou uma verdadeira roleta-russa, com
uma profusão de bolas nas redes.
Aos 18, com um chutaço, o garoto Willie igualou o escore, mas
o Cruzeiro, através de cobrança de falta de Julio Baptista, aos 31, e arremate
certeiro do também garoto Lucas Silva, aos 38, fez 3 a 1. Mas novamente o Vasco
encheu os pulmões de confiança, acreditou no seu potencial ofensivo e foi “fazer
a hora”: André “Bigode Grosso”, aos 40, e Willie (que noite bárbara!), com
direito a drible de peito, aos 42, deixaram o jogo em aberto. E o Cruz-Maltino até
voltou mais aceso após o intervalo, obrigando o Cruzeiro a cometer faltas para
impedir avanços em velocidade e o treinador Marcelo Oliveira a mudar nomes.
Éverton Ribeiro e Julio Baptista saíram para as entradas de Dagoberto e
Vinícius Araújo.
Com Ricardo Goulart na meia, posição onde vem se destacando, e
Vinícius Araújo como referência, a Raposa voltou a ser perigosa, enquanto o
Vasco, muito pela jornada apagada de Juninho, perdeu força pouco a pouco, até
sucumbir. Um míssil teleguiado de Lucas Silva (que apresentação magnífica!),
aos 21, devolveu a ponta aos azuis. Dorival promoveu alterações a granel, mas
estas não surtiram efeito e um contra-ataque perfeito finalizado por Vinícius
Araújo, outro jovem com atuação destacada, aos 41, fechou o placar em 5 a 3 - pouco antes de Dagoberto ser tolamente expulso. Dorival
descobriu em Willie e redescobriu em Marlone a possibilidade de um Vasco com
vocação para o ataque, e jogar de peito aberto contra o líder por pouco não
rendeu frutos. Vale a pena para o Cruz-Maltino seguir apostando no jogo
ofensivo. Para o Cruzeiro, então, mais ainda!
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