Botafogo 1 x 0 Corinthians – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Hyuri volta a brilhar e Fogão vence o Corinthians no fechar
das cortinas. A caça ao líder Cruzeiro continua.
Sem poder contar com o capitão Jefferson e os garotos
Gilberto e Gabriel, o Botafogo entrou em campo organizado pelo Oswaldo de
Oliveira no 4-2-3-1 com: Renan; Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo
Mattos e Renato; Rafael Marques, Seedorf e Lodeiro; Elias. Pelo lado do
Corinthians, os desfalques eram Fábio Santos, Ralf, Renato Augusto e Guerrero,
e Tite montou o time no 4-2-3-1 com: Cássio; Alessandro, Gil, Paulo André e
Igor; Edenílson e Maldonado; Danilo, Douglas e Romarinho; Emerson.
Fora uma pressão um pouco maior do Botafogo aqui e umas
escapadas mais consistentes do Corinthians acolá, o duelo de alvinegros no
Maracanã teve uma cara bem definida em sua totalidade. O Bota mantinha mais a
redonda em seus pés e buscava, ora em lançamentos, ora trocando figurinhas,
penetrar na defesa do Corinthians, que esperava mais do que forçava o
surgimento de espaços. Duas observações ilustram de maneira clara o quanto os
cariocas se fizeram mais presentes no campo de ataque: o baita trabalho que
teve o zagueiro Gil (melhor corintiano em campo) e a maior participação ofensiva
dos laterais Julio Cesar e Edílson em relação aos paulistas Alessandro e Igor.
Na etapa inicial, falhas na retaguarda corintiana – que não
são muito comuns, como mostra a média de menos de meio gol sofrido por partida –
permitiram ao Botafogo boas chances nos pés de Seedorf, que, em uma
oportunidade, chegou a driblar o goleiro Cássio antes de ver Paulo André salvar
sobre a linha. O Corinthians, por sua vez, nas subidas do volante Edenílson e
na movimentação e atenção de Emerson Sheik, mostrava sinais de vida e deixava o
Bota com receio se lançar de corpo e alma ao ataque.
Os comandados de Tite até voltaram mais serelepes nos
primeiros minutos após o intervalo, mas o cenário da etapa inicial logo se
restabeleceu. Aos 11, Oswaldo de Oliveira decidiu apostar no garoto Hyuri
aberto pela direita, o que fez o lateral Edílson – que por pouco não fizera um
gol contra digno dos Trapalhões – crescer de produção. O Bota, porém, não
conseguia colocar fogo no jogo. Com Seedorf pouco inspirado, faltava algo
diferente para superar um Corinthians que já considerava o empate um bom resultado.
E o diferente veio aos 43 minutos, quando Edílson descolou um
passe mágico e Hyuri uma finalização escultural para dar a vitória ao Fogão. Para
os inúmeros supersticiosos botafoguenses, que há pouco tempo sofriam com a síndrome
dos pontos perdidos no apagar das luzes, este triunfo, assim como o alcançado
diante do Criciúma, simboliza uma aguardada mudança de maré.
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