Cruzeiro 3 x 0 Botafogo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Seedorf perde pênalti em momento crítico e Botafogo sucumbe
diante do Cruzeiro, agora mais líder do que nunca, com sete pontos de vantagem.
O Cruzeiro entrou em campo ostentando uma série de sete
vitórias seguidas e montado pelo Marcelo Oliveira no 4-2-3-1 com: Fábio; Ceará,
Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Lucas Silva; Éverton Ribeiro, Ricardo
Goulart e Willian; Borges. Com uma sequência de quatro vitórias, o Botafogo
entrou em campo organizado pelo Oswaldo de Oliveira no 4-2-3-1 com: Jefferson;
Edílson, Bolívar, André Bahia e Julio Cesar; Renato e Marcelo Mattos; Rafael
Marques, Seedorf e Lodeiro; Elias.
O confronto com maior caráter decisivo que um torneio por
pontos corridos pode proporcionar teve duas etapas distintas. Em ambas, porém,
o que se viu foi um Botafogo a cometer pecados que não fazem parte de seu
repertório neste Brasileiro e um Cruzeiro avassalador ofensivamente, fosse qual
fosse a estratégia adotada.
Tudo bem que durante toda a primeira etapa o Cruzeiro fez uma
forte marcação por pressão, mas o que a retaguarda alvinegra bobeou nas saídas de
bola foi um exagero. Era erro atrás de erro, o que proporcionou à Raposa um punhado
de oportunidades. Oportunidades estas que não se concretizaram, ora por
segundos, em jogadas pelos flancos que os avantes azuis chegaram atrasados, ora
por centímetros, com Jefferson a realizar difíceis defesas com as pernas. Nas poucas
vezes em que usou o bom passe e a dinâmica de seu ataque, o Botafogo até levou
perigo ao goleiro Fábio, mas a superioridade azul no primeiro tempo acabou por
se transformar em um a zero quando Nilton, já nos acréscimos, completou córner
com um movimento digno dos mais famosos bailarinos russos.
Com apenas uns minutinhos após o intervalo já era possível
perceber uma nova postura cruzeirense: chamar o adversário para seu campo e
sair em velocidade. No entanto, esta é uma estratégia que exige cautela por
parte de quem a adota, pois existe uma linha tênue que separa a busca por contra-ataques
e os chutões seguidos para onde o nariz aponta. E o Cruzeiro atravessou esta
linha num primeiro momento, exagerou nas bolas rifadas, o Bota cresceu, Rafael
Marques sofreu pênalti de Bruno Rodrigo e... Seedorf, aos 10, bateu
pessimamente para fora. O Alvinegro acusou o golpe e, para piorar sua situação,
enquanto as alterações realizadas por Oswaldo não mudavam o time, as feitas por
Marcelo deram vida aos contra-ataques cruzeirenses.
Principalmente a entrada de Julio Baptista, que, aos 35, em pênalti
cometido por Bolívar em Everton Ribeiro, e, aos 41, após linda tabelinha com
Dagoberto, foi duas vezes às redes para decretar a maiúscula vitória azul. E uma
pergunta flutua no ar: “Quem vai parar o Cruzeiro?”
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